A policial norte-americana Kim Potter, que matou o jovem negro Daunte Wright durante uma abordagem de trânsito em Minneapolis, nos Estados Unidos, foi detida nesta quarta-feira (14/04) sob a acusação de homicídio culposo.
Potter foi presa nesta manhã no Departamento de Apreensão Criminal de Minnesota. As autoridades revelaram que ela será autuada na detenção da Comarca de Hennepin. No entanto, as investigações sobre caso ainda permanecem. Segundo o promotor do Condado de Washington, Pete Orput, Potter será acusada de homicídio de segundo grau.
A prisão da agente foi revelada pelas autoridades locais, citadas pela imprensa norte-americana, e acontece um dia após Potter pedir demissão do Departamento de Polícia do Brooklyn Center.
De acordo com o Código Penal de Minnesota, um crime ocorre quando uma pessoa “cria riscos irracionais e conscientemente corre o risco de causar a morte de alguém ou ferimentos graves”.
A policial, uma veterana com 26 anos de trabalho na polícia da cidade de Brooklyn Center, é a autora do disparo que atingiu Wright no último domingo (11/04). O vídeo de sua câmera corporal sugere que ela acreditava ter puxado um taser, arma não letal, quando apontou o revólver para o jovem e atirou quando que ele tentou fugir.
Andrew Ratto/Flickr
Câmera corporal de Potter sugere que ela acreditava ter puxado um taser, arma não letal, quando apontou o revólver para o jovem
Wright havia sido parado pela polícia por ter placas vencidas e um purificador de ar pendurado em seu espelho retrovisor, o que é proibido nos Estados Unidos.
Na ocasião, os agentes tentaram prendê-lo depois de identificar um mandado pendente por não comparecer ao tribunal por porte ilegal de arma, bem como por fugir da polícia em junho passado.
Protestos
O caso aumentou ainda mais as tensões em Minneapolis e arredores devido ao julgamento do ex-policial Derek Chauvin pelo assassinato de George Floyd no ano passado. Pelo terceiro dia consecutivo, protestos antirracismo foram registrados na região.
Nesta terça-feira (13/04), uma multidão de manifestantes se reuniu em frente ao departamento de polícia de Brooklyn Center, município que fica nos arredores de Minneapolis.
O ato reuniu cerca de mil pessoas, que, apesar do toque de recolher noturno e do mau tempo, acabou com mais de 60 indivíduos detidos. Policiais lançaram bombas de efeito sonoro sobre os manifestantes, que atiraram garrafas e pedras contra os agentes.
(*) Com Ansa.