Os protestos pelo Dia do Trabalhador, comemorado neste sábado (01/05), foram marcados por grande afluência e, também, pela violência policial contra os manifestantes, em especial na França, na Itália e na Turquia. Na Espanha, onde cerca de 100 mil pessoas se reuniram – com máscaras –, não houve registro de tumultos.
Em Paris, a polícia disparou gás lacrimogêneo contra sindicalistas que tomaram as ruas da capital. De acordo com os policiais, dez pessoas foram presas antes mesmo do início da manifestação e, no total, pelo menos 34 manifestantes foram detidos.
Os coletes amarelos, grupo que protesta há cerca de dois anos na França, se juntaram ao protesto.
A polícia de Lyon também entrou em confronto com os manifestantes depois que um grande número de sindicatos e ativistas tentaram marchar pela cidade. A prefeitura afirmou que a polícia teve que intervir para dispersar “um grupo de 200 pessoas” à frente da marcha que “usou morteiros” contra os agentes. Segundo informações, cinco pessoas foram presas.
Itália
Em Turim, também houve confrontos entre a polícia antidistúrbios e manifestantes. Os agentes intervieram para impedir que a manifestação chegasse ao prédio da prefeitura, onde ocorriam atos oficiais por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador.
Mais de 1.000 pessoas com bandeiras vermelhas e faixas se reuniram na cidade, segundo a agência de notícias italiana ANSA. Diferentes marchas percorreram as ruas e se reuniram em uma praça ao lado da Prefeitura. Os manifestantes também fizeram uma guilhotina improvisada com uma imagem do rosto do primeiro-ministro Mario Draghi.
AF`P/Telám
Em Paris, a polícia entrou em confronto com manifestantes
A tensão aumentou quando os manifestantes tentaram quebrar o cordão de isolamento e a polícia forçou a multidão a se afastar do prédio da Prefeitura.
Turquia: gás lacrimogêneo e dezenas de detidos
Na Turquia, a polícia disparou gás lacrimogêneo e prendeu dezenas de manifestantes que marchavam em direção à praça Taksim, em Istambul.
Pelo menos 100 pessoas foram presas durante a manifestação.
Espanha
Aproximadamente 100 mil espanhóis saíram às ruas em diversos protestos por todo o país. A maior manifestação foi organizada pelos dois sindicatos mais importantes do país – Comissões de Trabalhadores (CCOO) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) – em Madri, capital espanhola.
As lideranças sindicais exigiram o reforço da vacinação contra a covid-19 e a garantia de doses para todos, assim como o aumento do apoio financeiro aos idosos e necessitados. Os manifestantes também conclamaram os partidos de esquerda a votarem nas eleições regionais de 4 de maio.
Vários ministros espanhóis participaram da manifestação, incluindo a vice-primeira-ministra Carmen Calvo e o ex-vice-primeiro-ministro, líder do partido Podemos, Pablo Iglesias, que atualmente concorre como candidato nas eleições regionais de Madri.
(*) Com RT em Espanhol e Sputnik