O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira (11/05) que intensificará os ataques à Faixa de Gaza após os disparos de foguetes na fronteira com Palestina.
“Na conclusão de uma avaliação da situação, foi decidido que tanto a potência dos ataques quanto sua frequência serão aumentadas”, afirmou o primeiro-ministro israelense em comunicado por vídeo.
Até o momento, os disparos israelenses já provocaram 30 mortos, e um prédio residencial de 13 andares colapsou em Gaza após os ataques. Na noite desta segunda, as forças israelenses já haviam aumentado a quantidade de ataques a Gaza. Segundo o Ministério da Saúde palestino, um dos foguetes de Israel atingiu outro edifício no campo de refugiados de al-Shanti, resultando na morte de uma mulher, além de diversos feridos.
Israel diz que os mísseis são uma reposta a disparos feitos por grupos palestinos contra diferentes zonas do país. Estes disparos foram em resposta aos episódios de violência membros da comunidade palestina em Jerusalém, ainda no começo desta semana (leia mais abaixo).
As Brigadas al-Quds, braço armado do movimento de Jihad Islâmica, anunciaram a morte de dois de seus líderes e um terceiro ferido, após a Força Aérea de Israel bombardear um edifício residencial na região oeste da Cidade de Gaza.
Já as Brigadas al-Qassam, braço militar do Hamas, reportaram também diversos mortos entre seus membros, além da perda de contato com outros, após um ataque aéreo israelense contra um grupo filiado, estacionado em uma base de equipamentos de combate, na ocasião.
Kobi Gideon / GPO
Netanyahu disse que vai aumentar ataques a Gaza
Por sua vez, um porta-voz das Forças Armadas israelenses disse que ao menos 250 foguetes teriam sido lançados da Faixa de Gaza contra o país.
Já na manhã desta terça, o representante da Aviação de Israel, Itay Silberman, afirmou que foram mortos 15 membros do grupo Hamas e que mais 10 objetivos militares foram atingidos. “Manteremos o pé no acelerador. A operação durará ainda alguns dias”, acrescentou Silberman.
Israel reprime palestinos em Jerusalém Oriental
A região de Jerusalém Oriental vem sendo palco de uma repressão de forças israelenses contra palestinos durante toda semana, que se intensificou nos últimos dois dias, depois que a polícia lançou balas de borracha e granadas de choque contra a mesquita de Al-Aqsa. Os atos de repressão já deixaram mais de 300 palestinos feridos.
Um dos pontos centrais da escalada de tensão foi a decisão de um tribunal israelense de despejar 28 famílias palestinas do bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, para dar lugar a colonos israelenses. Revoltados, os palestinos foram às ruas para protestar.
Outro ponto que despertou descontentamento da comunidade palestina que vive na região foi uma marcha convocada por grupos nacionalistas de Israel para celebrar o “Dia de Jerusalém”, data que marca a ocupação de Jerusalém Oriental por forças israelenses.
(*) Com Sputnik, Monitor do Oriente Médio e Ansa