O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, disse nesta quarta-feira (12/05), na cidade de Ashkelon, que não há uma data específica para encerrar a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. De acordo com Grantz, o exército de Israel continuará a atacar e “trazer total silêncio por muito tempo”.
“Em Gaza, torres estão caindo, fábricas estão colapsando, túneis estão sendo varridos e comandantes sendo assassinados”, afirmou.
O país também rejeitou os apelos do Egito por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, segundo o jornal israelense Yedioth Ahronoth. As fontes do periódico israelense reiteraram que a “percepção geral da liderança política de Israel é que os egípcios, assim como a comunidade internacional, permitirão as operações israelenses até o Eid el-Fitr, isto é, entre quarta e quinta-feira”.
O Eid el-Fitr é o feriado do fim do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.
O jornal israelense também sugeriu que, ao contrário das alegações de Haidai Zilberman, porta-voz militar de Israel, proferidas ontem (11/05), o governo israelense não tentou demover o exército de disparar ao menos 36 projéteis contra Gaza na última sexta-feira de abril.
E afirmou, através de uma fonte, que o governo israelense de Benjamin Netanyahu orientou seu exército a lançar uma vasta operação militar que inclui assassinatos, ataques contra infraestrutura e depósitos de armas, entre outras ações, exceto invasão por terra – por ora.
A comunidade internacional tem pedido calma, enquanto os países muçulmanos expressam indignação em meio à pior crise na região em anos.
Reprodução/Twitter
Ataques à Gaza devem aumentar em frequência e potência, disse primeiro-ministro
Netanyahu: ‘Vamos usar punho de ferro, se necessário’
Em visita à cidade de Acre, na costa norte de Israel, Netanyahu voltou a ameaçar, dizendo que o país irá usar ‘um punho de ferro, se necessário’ para parar os protestos dos cidadãos palestinos.
“Estamos continuando nossos esforços para deter a anarquia e restaurar a governança nas cidades de Israel, com punho de ferro, se necessário, com todas as forças necessárias e todas as autoridades necessárias”, declarou.
Até o momento, o Ministério da Saúde da Palestina contabilizou ao menos 53 pessoas mortas, incluindo 14 crianças, e mais de 300 palestinos feridos.
Do outro lado, seis israelenses também morreram. De acordo com as Forças Armadas de Israel, 1.500 foguetes foram atirados de Gaza em direção ao território vizinho. Na Palestina, há relatos de bombardeios em locais pertencentes a grupos armados da região, além de prédios de policiais e segurança. No bairro de Tel al-Hawa, na Cidade de Gaza, uma mulher grávida e seu filho foram mortos em um ataque israelense.
Ainda nesta terça (11/05), Benjamin Netanyahu, disse que aumentaria a “potência e a frequência” dos ataques contra o enclave palestino. “Na conclusão de uma avaliação da situação, foi decidido que tanto a potência dos ataques quanto sua frequência serão aumentadas”, afirmou.
(*) Com Monitor do Oriente.