O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, telefonou na tarde desta segunda-feira (17/05) para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e expressou seu apoio a um cessar-fogo nos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza.
Na conversa, Biden não chegou a exigir o fim imediato dos ataques aéreos israelenses e de foguetes do Hamas, em um conflito que já matou mais de 200 pessoas, a maioria delas palestinas. O presidente norte-americano, em comunicado oficial, “encorajou Israel a fazer todos os esforços para garantir a proteção de civis inocentes”, informou a Casa Branca.
De acordo com o comunicado, o democrata “reiterou seu firme apoio ao direito de Israel de se defender contra ataques indiscriminados com foguetes” e “saudou os esforços para lidar com a violência intercomunitária e trazer calma a Jerusalém”.
O líder norte-americano e o premiê de Israel debateram “o envolvimento dos EUA com o Egito e outros parceiros” na região para ajudar a diminuir as tensões.
Nos últimos dias, o Conselho de Segurança da ONU debateu uma terceira proposta de resolução do conflito na fronteira entre Israel e Palestina, enviada pela China, Tunísia e Noruega. Todos os textos apresentados até o momento foram negados por voto contrário dos Estados Unidos.
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Na conversa, Biden não chegou a exigir o fim imediato dos ataques aéreos israelenses e de foguetes do Hamas
A última proposta incluía a evacuação de Jerusalém e uma solução pacífica acordada entre ambos Estados-nação. O governo chinês denunciou a postura intransigente de Washington e seu apoio à manutenção da guerra.
Apesar do telefonema de Biden, Netanyahu disse às autoridades de segurança israelenses nesta segunda-feira que o país “continuará a atacar alvos terroristas” em Gaza “o tempo que for necessário para devolver a calma e a segurança a todos os cidadãos israelenses”.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os ataques de Israel contra a região já somam 212 mortos, incluindo 61 crianças, cerca de 1,5 mil feridos e 58 mil refugiados. Do total, 42 mil estão albergados em 50 escolas de Gaza. De acordo com o exército israelense, nas últimas 24, o país bombardeou 65 objetivos na Palestina com 110 mísseis, disparados de 62 aviões militares.
O Ministério de Saúde palestino informou que sua sede foi atacada, assim como uma clínica no bairro Al-Rimal e a sede da Cruz Vermelha. Além disso, uma das explosões destruiu o principal laboratório de exames de covid-19 na Faixa de Gaza, a maior biblioteca pública da cidade e um orfanato.
(*) Com Ansa e Brasil de Fato.