A presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta quarta-feira (15/09) que o bloco precisa mostrar “vontade política” para construir um sistema de defesa comum que garanta sua independência militar.
A declaração foi dada durante discurso sobre o estado da União no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, e pode representar um novo impulso ao projeto de criação de um exército da UE.
Ainda controverso na União Europeia, o projeto serviria para fazer frente ao poderio militar de China e Rússia sem depender dos Estados Unidos ou da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Trabalhamos com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em uma nova declaração conjunta que será apresentada antes do fim do ano. Mas isso é apenas uma parte da equação. Devemos fazer mais sozinhos”, disse Von der Leyen.
Segundo a chefe da Comissão Europeia, o bloco deve “ser capaz e querer” fazer mais no âmbito da segurança por conta própria.
“Mas se quisermos fazer mais, precisaremos explicar por que até agora não funcionou. Você pode ter as melhores forças de segurança do mundo, mas é preciso estar pronto para usá-las. O que nos impediu até agora? Não apenas uma falta de capacidade, mas também a falta de vontade política”, ressaltou.
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Presidente da Comissão Europeia propôs a criação de um mecanismo de defesa integrado entre os países do bloco
Von der Leyen ainda confirmou que a UE fará uma cúpula sobre defesa no ano que vem, durante o mandato da França como presidente rotativa do bloco. A mandatária também defendeu a criação de um centro europeu de inteligência para facilitar o compartilhamento de informações entre os Estados-membros.
“Devemos estabelecer as bases para um processo decisório coletivo. Se os Estados-membros não compartilham suas informações em nível europeu, estamos fadados ao fracasso”, disse.
*Com Ansa