O Judiciário britânico suspendeu nesta quinta-feira (28/10) o julgamento da apelação dos Estados Unidos contra a decisão de não extraditar o fundador do WikiLeaks. De acordo com a defesa de Julian Assange, não há data ou previsão para uma decisão e o veredito pode demorar semanas ou meses.
Washington recorre da decisão da juíza Vanessa Baraitser, que decidiu não autorizar sua extradição por entender que estaria sujeito ao risco de suicídio caso fosse transferido para os EUA — onde pode enfrentar uma pena de 175 anos de detenção.
Para conseguir extraditar um dos fundadores do WikiLeaks, os representantes legais dos Estados Unidos questionam o depoimento do médico Michael Kopelman, que atestou o risco de suicídio de Assange, e também prometem que punições mais severas, como isolamento na solitária, não serão utilizadas. A promessa de que ele poderia cumprir pena na Austrália, seu país natal, também foi colocada na mesa.
A defesa do jornalista, contudo, diz que as promessas podem ser desfeitas sem maiores consequências, caso seja a decisão dos Estados Unidos. Os advogados também alegam que as promessas de um governo que planejou sequestrar e assassinar Assange não podem ser consideradas.
Reportagem do Yahoo News revelou que autoridades norte-americanas teriam elaborado planos para sequestrá-lo e até assassiná-lo. As medidas teriam sido discutidas após o WilkiLeaks publicar informações confidenciais da CIA durante o governo de Donald Trump.
Após passar sete anos na embaixada do Equador em Londres, Assange foi expulso por decisão das autoridades de Quito e foi preso. Ela está detido na prisão de segurança máxima de Belmarsh desde abril de 2019.
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Fundador do Wikileaks, Assange pode enfrentar uma pena de 175 anos de detenção caso seja extraditado aos EUA