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Política e Economia

Polícia fecha centro de vacinação clandestino contra covid-19 na Alemanha

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Médico e empresário alemão de ultradireita que afirma ter desenvolvido vacina própria contra a covid-19 aplicou dezenas de doses em pacientes na cidade de Lübeck. Produto não tem autorização de órgãos reguladores.

Alex Berry

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2021-11-29T22:30:00.000Z

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A polícia alemã fechou um falso e, consequentemente, não autorizado centro de vacinação no aeroporto da cidade de Lübeck, no norte da Alemanha. A imprensa alemã relatou que o médico e empresário Winfried Stöcker começou a administrar uma vacina contra a covid-19 desenvolvida por ele próprio no sábado (27/11) e que não possui qualquer aprovação de órgãos sanitários oficiais. 

A polícia relatou que cerca de 50 pessoas aparentemente já tinham recebido doses, enquanto mais de 200 pessoas estavam na fila quando a operação foi interrompida. As autoridades apreenderam os líquidos, seringas e registros de listas com os nomes das pessoas que já haviam sido vacinadas, bem como os dados pessoais daqueles presentes no local.

O médico e empresário Winfried Stöcker apareceu no noticiário da Alemanha em março, após ter sido entrevistado pela revista Der Spiegel. À públicação, ele afirmou ter desenvolvido uma bem-sucedida vacina contra a covid-19 e testado o produto em si mesmo e que a substância era "97% eficaz".

Stöcker desenvolveu sua vacina sem qualquer cooperação com os órgãos reguladores. Ele testou o imunizante em si mesmo e em cerca de 100 voluntários. 

Mas as falas acabaram rendendo a Stöcker uma investigação criminal por aplicação ilegal de uma vacina não autorizada. As autoridades também afirmaram que ele não tinha autorização para aplicar doses em voluntários.

Stöcker, conhecido por sua personalidade excêntrica e variedade de negócios,  é fundador da Euroimmun, uma empresa de diagnósticos médicos e também é proprietário do aeroporto de Lübeck.

Pixabay/Reprodução
Médico e empresário alemão de ultradireita afirma ter desenvolvido vacina contra covid-19 e aplicou em dezenas de pessoas sem autorização

Nos últimos anos Stöcker também se destacou por fazer doações consideráveis para o partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) e por fazer declarações xenófobas contra imigrantes. Algumas das falas do empresário já levaram instituições de Lübeck a se afastarem de Stöcker.

A campanha de vacinação não licenciada é considerada crime sob a legislação alemã referente às normas sanitárias no país.

Especialistas médicos argumentaram que o empresário havia pulado várias etapas de segurança sanitária e não forneceu informações aos órgãos reguladores.

A estranha relação da Alemanha com vacinas

Com apenas 68,4% da população totalmente imunizada, a Alemanha tem uma das taxas de vacinação contra a covid-19 mais baixas na Europa Ocidental. E não é por falta de doses, muito menos por poucas opções de vacinas aprovadas.

Os efeitos da insuficiente taxa de vacinados podem ser vistos na atual quarta onda de coronavírus na Alemanha. Os estados alemães com as taxas de vacinação mais baixas, como a Saxônia, Turíngia e a Baviera, estão registrando números recordes de infecções.

Não há informações oficiais sobre o histórico vacinal das pessoas que foram serem vacinadas no aeroporto de Lübeck ou por que decidiram receber um imunizante que não foi regulamentado nem aprovado por órgãos sanitários.

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Política e Economia

Argentina promulga lei que regula cannabis medicinal e cânhamo industrial

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'Um triunfo da sociedade contra a hipocrisia', assegurou o presidente Alberto Fernández sobre a nova legislação

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-05-27T21:20:00.000Z

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Nesta sexta-feira (27/05), o governo argentino promulgou oficialmente a lei 27.669 que regulariza a cannabis medicinal e o cânhamo industrial no país, conforme publicado no Boletim Oficial. A nova legislação estabelece a criação da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Cannabis Medicinal (Ariccame) e será responsável por "regulamentar, controlar e emitir as autorizações administrativas com respeito ao uso de sementes da planta de cannabis, da cannabis e seus produtos derivados".

A Lei do Marco Regulatório para o Desenvolvimento da Indústria da Cannabis Medicinal e o Cânhamo Industrial também prevê a criação do Conselho Federal para o Desenvolvimento da Indústria do Cânhamo e Cannabis Medicinal, que contará com um representante do governo nacional e um por cada província do país. O já existente Instituto Nacional de Sementes (Inase) ditará as normas complementares.

"Este é um passo para o acesso ao direito à saúde", alegou o presidente Alberto Fernández durante o ato de promulgação da lei na última terça-feira (24/05) na Casa Rosada, sede do governo argentino. "Começamos a escutar as mães que, com a cannabis, faziam com que seus filhos pudessem ter uma vida melhor. Começamos a prestar atenção e hoje estamos ganhando uma batalha contra a hipocrisia", disse o mandatário.

"Por trás dessa lei, há uma indústria que produz, que dá trabalho, que trará dólares mas que, fundamentalmente, cure", agregou o presidente.

Também presente na cerimônia, o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Filmus, ressaltou que a lei representa uma alternativa produtiva, e estima que levará à criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho em três anos.

Twitter/Alberto Fernández
'Este é um passo para o acesso ao direito à saúde', alegou o presidente Alberto Fernández

Luta das mães contra o tabu da cannabis

O projeto de lei foi aprovado no dia 5 de maio na Câmara dos Deputados, com 155 votos a favor e apenas 56 contra. O projeto define um marco legal para o investimento público e privado em toda a cadeia da cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

A conquista de uma lei para regularizar o uso medicinal da maconha foi resultado da luta de mães cujos filhos padecem alguma doença tratável com cannabis. Diante do tabu e da penalização sobre o cultivo e o uso da maconha, essas mães conformaram uma rede de troca de conhecimentos e produtos para o tratamento de seus filhos. A organização Mamá Cultiva esteve na linha de frente dessa militância.

O cânhamo, apesar de altamente estratégico industrialmente, também padece do tabu por ser também uma planta da família Cannabis. Neste caso, consiste em uma variedade da planta, a espécie Cannabis ruderalis, cujas fibras possuem alto valor industrial, sendo matéria-prima sustentável para a produção têxtil, como algodão, de alimentos, remédios, produtos de beleza e óleos.

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