A Justiça do Reino Unido negou nesta segunda-feira (14/03) um pedido do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para recorrer à Suprema Corte britânica contra sua extradição para os Estados Unidos.
De acordo com o tribunal, a solicitação da defesa do australiano “não levantou um ponto de direito válido”. Com isso, a decisão final sobre o caso caberá agora à secretária de Interior do Reino Unido, Priti Patel, tida como favorável à extradição.
Assange foi denunciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por “conspirar” com a ex-analista militar Chelsea Manning e por receber e publicar informações confidenciais.
De acordo com os procuradores americanos, Assange agiu ao lado de Manning para obter arquivos secretos, incluindo documentos diplomáticos e relatórios sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão.
Se for condenado nos EUA, o australiano pode pegar até 175 anos de prisão. Embora não responda a nenhuma acusação no Reino Unido, o fundador do WikiLeaks segue mantido em uma penitenciária de segurança máxima.
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De acordo com o tribunal, a solicitação da defesa do australiano "não levantou um ponto de direito válido"
Em primeiro grau, a juíza Vanessa Baraitser chegou a negar a extradição, alegando que Assange correria risco de suicídio no rígido sistema penitenciário dos Estados Unidos, mas a Alta Corte de Londres aceitou garantias do governo americano sobre o futuro tratamento ao australiano na cadeia e reverteu a decisão.