Atualizada às 08 de novembro de 2014, às 09h
Após mais de dois séculos como palácio real e sede do poder monárquico, o Louvre é aberto em 8 de novembro de 1793 como museu público pelo governo revolucionário francês. Hoje, o acervo do Louvre é um dos mais ricos e diversificados do mundo, com obras de arte – fundamentalmente pinturas e esculturas – e objetos representativos de 11 mil anos de civilização e cultura da humanidade.
O palácio do Louvre começou com o rei Francisco I em 1546 no local onde antes existiu uma fortaleza do século 12 construída pelo rei Felipe II. Francisco era um grande colecionador de arte e o Louvre servia como sua residência real. Os trabalhos de remodelação do palácio, supervisionados pelo arquiteto Pierre Lescot, continuaram após a morte de Francisco e prosseguiram nos reinados de Henrique II e Charles IX.
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Quase todos os monarcas que se seguiram ampliaram o Louvre e os terrenos em volta, porém as maiores ampliações ocorreram sob o reinado de Luis XIII e Luis XIV no século 17. Ambos os reis expandiram enormemente os bens artísticos da coroa, chegando Luis XIV a adquirir toda a coleção de arte do rei Charles I da Inglaterra após sua execução na Guerra Civil inglesa. Em 1682, Luis XIV mudou a corte para Versalhes e o Louvre deixou de ser a principal sede e residência da monarquia.
Exibição pública
Envolvidos pelo espírito do Iluminismo, muitos na França começaram a conclamar pela exibição pública das coleções reais. Denis Diderot, grande escritor e filósofo francês e inspirador da Enciclopédia, estava entre os primeiros a propor a criação de um museu nacional de arte aberto ao grande público.
Embora o rei Luis XV tenha exibido temporariamente uma seleção de pinturas de seu acervo no Palácio de Luxemburgo em 1750, somente com a eclosão da Revolução Francesa é que foram alcançados efetivos progressos na instalação de um museu permanente. Em 8 de novembro de 1793, o governo revolucionário abriu o Museu Central de Artes na Grande Galeria do Louvre.
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O acervo do Louvre cresceu rapidamente. O exército francês sequestrou peças arqueológicas e artísticas dos territórios e nações conquistadas nas guerras do período revolucionário e principalmente nas Guerras Napoleônicas. Muitos desses objetos de arte saqueados retornaram as suas origens depois da derrota de Napoleão em 1815, porém muito das coleções de antiguidades da seção do Egito e de outros departamentos deve às conquistas de Napoleão.
Duas novas alas foram acrescentadas ao edifício central no século 19 e o complexo de vários edifícios do Louvre foi completado em 1857, durante o reinado de Napoleão III.
Reforma
Nos anos 1980 e 1990, o Grande Louvre como o museu é oficialmente conhecido, passou por uma grande remodelação. Inúmeros serviços públicos modernos foram acrescentados e milhares de metros quadrados de espaço para exibição foram abertos.
O arquiteto chinês I. M. Pei construiu uma imensa pirâmide de aço e vidro no centro do pátio de Napoleão, fronteiriço ao museu e que se abre também ao interior. Tradicionalistas invectivaram-na como um ultraje e ofensa às melhores tradições. Em 1993, por ocasião do 200º aniversário do museu, uma ala reconstruída, antigamente pertencente ao Ministério das Finanças, foi aberta ao público. Pela primeira vez, todo o complexo do Louvre era destinado aos objetivos artísticos e culturais do Grande Museu do Louvre.
Outros fatos marcantes da data:
08/11/1895 – Cientista alemão descobre o raio X
08/11/1817 – Brasil devolve à França a Guiana Francesa, ocupada em 1809
08/11/1994 – É instalado em Haia um tribunal internacional para julgar crimes de guerra ocorridos na antiga Iugoslávia