Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Política e Economia

Relatório da ONU acusa Israel de ser responsável por 'instabilidade' no Oriente Médio

Encaminhar Enviar por e-mail

Comissão foi criada após maio de 2021, quando 260 palestinos foram mortos por ataques israelenses, segundo as autoridades locais

Jérémie Lanche

RFI RFI

Genebra (Suíça)
2022-06-08T14:00:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

A Comissão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU acusa Tel Aviv de ser, em grande parte, responsável pela instabilidade na região, instaurando o que considerou como uma "ocupação perpétua", dos territórios palestinos. O governo israelense denuncia um relatório "parcial", redigido por um militante anti-Israel.

"As causas profundas do conflito apontam, em sua imensa maioria, para Israel", diz a presidente da comissão de investigação, Navi Pillay, que cita "a sensação de impunidade" envolvendo as ações do país. Ela acusou Israel de "não ter a intenção de colocar fim à ocupação dos territórios por Israel", como preconizam as resoluções do Conselho de Segurança. "Isso é essencial para colocar um fim à violência na região", diz o relatório. 

Israel, que se recusou a cooperar com a comissão, considerou "que o relatório é parcial e tendencioso, desqualificado por seu ódio ao Estado de Israel e baseado em informações parciais e segmentadas", segundo uma nota de seu Ministério de Relações Exteriores.  

"O que se transformou em uma situação de ocupação permanente foi citada pelas partes interessadas palestinas e israelenses como uma das raízes das tensões recorrentes, da instabilidade e da prorrogação de um conflito tanto nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental, como em Israel", continua o texto.

O relatório especifica que o documento foi entregue antes de sua publicação para as autoridades palestinas e israelenses. O texto reforça o que já foi dito no passado, mas demonstra a determinação do Conselho de Direitos Humanos em retomar a discussão sobre o conflito entre Israel e Palestina, que saiu dos holofotes da agenda diplomática nos últimos anos.

Flickr
Comissão da ONU acusou Israel de instaurar o que considerou uma "ocupação perpétua", de territórios palestinos

Recomendações foram ignoradas, diz ONU

Depois de anos de indiferença, Israel, que não respondeu às perguntas da comissão, acusa o órgão da ONU de "implicância." O país é o único que integra sistematicamente a pauta em todas as sessões do Conselho, alega.

A investigação, diz o governo israelense, "ignora as verdadeiras razões que levaram Israel a defender os cidadãos contra as organizações terroristas que cometem um duplo crime de guerra: atirar em civis israelenses a partir de áreas civis em Gaza."

A comissão foi criada após a guerra de onze dias entre Israel e Hamas, em maio de 2021, quando 260 palestinos foram mortos por ataques israelenses em Gaza, segundo as autoridades locais. Em Israel, os tiros de foguete de Gaza deixaram 13 mortos. A comissão revisou as recomendações e resoluções existentes, mais frisou que faria sua própria investigação.

A representante do Conselho estima que as recomendações, no passado, "foram ignoradas, incluindo aquelas que pedem que Israel preste contas pela violação do direito humanitário e humanos, assim como os tiros de foguete contra grupos armados palestinos", declarou.

Manifestação

Para denunciar a publicação, cerca de vinte estudantes e reservistas do exército israelense se manifestaram nesta terça-feira 907/06) em frente à sede das Nações Unidas em Genebra. Alguns se disfarçaram de membros do movimento armado palestino Hamas, com o rosto coberto por capuzes pretos e uniformes militares. "Nós matamos civis e a ONU nos protege", gritavam, enquanto outros usavam máscaras com o rosto do líder do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Política e Economia

Scholz defende vistos da UE para cidadãos russos

Encaminhar Enviar por e-mail

Chanceler federal alemão diz que o bloco europeu não deve 'tornar as coisas mais complicadas' para quem quer deixar a Rússia

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-16T13:00:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Enquanto a União Europeia (UE)discute a proibição de vistos da UE para cidadãos russos, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, disse nesta segunda-feira (15/08) ser importante "lembrar os muitos refugiados que fugiram da Rússia" em meio à guerra de Moscou na Ucrânia.

Falando na cúpula de chefes de Estado nórdicos, em Oslo, na Noruega, Scholz afirmou que a invasão da Ucrânia pela Rússia é "a guerra de Putin" e "não do povo russo".

"É importante entendermos que muitas pessoas estão fugindo da Rússia porque estão em desacordo com o regime russo", disse Scholz em entrevista coletiva.

O chanceler federal alemão acrescentou que as decisões da UE não devem "tornar as coisas mais complicadas" para essas pessoas deixarem a Rússia e "buscar liberdade".

A Lituânia e a Estônia, Estados-membros da UE que fazem fronteira com a Rússia, já suspenderam vistos de turista para os russos. A Finlândia expressou apoio à proibição.

A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, disse na cúpula que não acha certo que cidadãos russos tenham permissão para fazer "passeios turísticos" na UE enquanto soldados russos "matam pessoas na Ucrânia".

Marin acrescentou que o assunto precisa ser discutido mais profundamente pelos membros da UE. "Não é uma questão de preto ou branco, existem tons de cinza", destacou.

Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Olaf Scholz se reuniu com cinco chefes de Estado nórdicos em Oslo

O tema deve ser debatido em uma reunião informal de ministros das Relações Exteriores da UE marcada para 31 de agosto.

Independência energética

A participação de Scholz na cúpula nórdica ocorre no momento em que os líderes da Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia e Islândia buscam estreitar laços de defesa e segurança.

Há meses, o governo alemão vem trabalhando na aproximação com os países nórdicos no setor de energia, já que Berlim considera que a Rússia está usando como "arma" o fornecimento de gás e petróleo.

A Noruega tem sido o fornecedor de gás mais importante da Alemanha desde que a Rússia diminuiu consideravelmente as exportações em junho.

Nesta segunda-feira, o anfitrião da cúpula, o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store, disse que a Noruega está entregando a quantidade "máxima" possível de gás para a Alemanha.

Scholz, por sua vez, expressou "gratidão" pelo país estar "esticando seus suprimentos de gás ao limite".

O chanceler afirmou que a Alemanha e os países nórdicos estão "enfrentando os mesmos desafios" e, portanto, devem trabalhar para reunir recursos energéticos.

"Estamos trabalhando para nos tornarmos independentes dos combustíveis fósseis da Rússia", disse Scholz, acrescentando que, para isso, a Alemanha e os países nórdicos precisam "combinar forças" para desenvolver recursos de energia renovável é essencial.

Store também disse que a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis será "difícil e turbulenta".

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados