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Política e Economia

Watergate completa 50 anos em meio ao processo sobre invasão do Capitólio

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Escândalo que fez explodir a administração de Richard Nixon em 1972 e ficou mundialmente conhecido como 'Watergate'

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-06-18T18:50:00.000Z

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O escândalo que fez explodir a administração de Richard Nixon em 1972 e ficou mundialmente conhecido como “Watergate” completa 50 anos. O episódio, um dos mais famosos da história dos Estados Unidos, é lembrando em um momento em que os norte-americanos estão às voltas com outro momento político importante: o debate sobre a invasão do Capitólio, em janeiro de 2021. Dois eventos que, com suas diferenças e semelhanças, mostram a transformação da vida política do país.   

Tudo começou na noite de 16 para 17 de junho de 1972, quando um vigia noturno, intrigado com um pedaço de fita adesiva na porta do prédio que abriga a sede do Partido Democrata em Washington, decide chamar a polícia, que chegou ao local "em um minuto, um minuto e meio", como contou John Barrett, um dos agentes, em um programa da ABC News, em 2017.

Os policiais rapidamente perceberam que não se tratava de uma ocorrência "normal", disse Barrett. Os estranhos ladrões não estavam apenas vestidos de terno e gravata, mas "tinham microfones, muitas bobinas de filme, canetas de gás lacrimogêneo, ferramentas de serralheiro, milhares de dólares em notas de cem", relatou.

O que o vigia pensava ser um roubo se revelou uma questão de Estado de alto nível: cinco homens haviam sido instruídos por funcionários ligados à Casa Branca a instalar microfones e tirar fotos de documentos em busca de informações que pudessem incriminar oponentes de Nixon. E em 18 de junho de 1972, o Washington Post publicou seu primeiro artigo sobre o assunto, assinado por Alfred E. Lewis, o jornalista que cobria casos policiais.

Em seguida, uma série de reportagens investigou o tema de maneira minuciosa – ganhando inclusive o prestigioso Prêmio Pulitzer, o Nobel do jornalismo – e o presidente republicano, acusado de tentar encobrir o caso, foi obrigado a renunciar para evitar a humilhação do impeachment. 

No entanto, Nixon pediu demissão apenas porque sabia que os senadores republicanos que compunham a comissão de investigação poderiam condená-lo, já que dos nove membros, apenas dois eram republicanos e não foram ouvidos nem mesmo pelos colegas de partido. 

Wikimedia Commons
Escândalo resultou na saída do então presidente Richard Nixon da Presidência norte-americana

Já no caso do processo sobre a invasão do Capitólio em 2021, os senadores republicanos não querem – ou não ousam – atacar Donald Trump, que mantém sua influência.

Durante o último congresso dos Republicanos, as manifestações de 6 de janeiro de 2021 que levaram ao ataque ao Capitólio foram chamadas de "expressão política legítima". E o partido sancionou os dois membros de seu campo que concordaram em participar do inquérito parlamentar.

Sem querer ouvir o outro lado da história

Além isso, alguns canais de televisão mais conservadores ainda defendem a ideia de que a eleição presidencial de 2020 teria sido “roubada”. As mesmas emissoras que, atualmente, preferiram não transmitir o processo sobre o ataque ao Capitólio.

Outra diferença de peso entre os dois episódios é a reação da opinião pública norte-americana. Nos anos 1970, mais de 80 milhões de pessoas acompanharam o depoimento de John Dean, na época chefe dos serviços jurídicos da Casa Branca. Apesar de ter sido dissuadido de testemunhar pelo próprio Nixon, ele denunciou a implicação do presidente no escândalo e as audiências ajudaram a convencer a maioria dos norte-americanos da culpa do presidente.

Agora, a primeira comissão sobre o ataque de 6 de janeiro foi assistida por 20 milhões de pessoas. Uma diferença que mostra como, em uma sociedade norte-americana dividida, o processo do Capitólio avança como se cada lado já tivesse a sua opinião formada – e não quisesse ouvir o outro.

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Política e Economia

China mandará tropas para exercícios militares na Rússia

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Em nota, Ministério da Defesa de Pequim afirmou que atividade 'não está ligada à atual situação internacional e regional'

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-17T15:35:00.000Z

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O Ministério da Defesa de Pequim informou nesta quarta-feira (17/08), por meio de uma nota, que a China enviará tropas à Rússia para um ciclo de exercícios militares que também incluirá Belarus, Índia e Tajiquistão. No documento, país afirmou que a atividade "não está ligada à atual situação internacional e regional".

"O objetivo é aprofundar a cooperação prática e amigável com os exércitos dos países participantes, melhorar o nível de colaboração estratégica entre as partes e reforçar a capacidade de resposta a ameaças à segurança", diz o comunicado.

O anúncio chega após a escalada da tensão entre China e Estados Unidos,  causada pela visita da presidente da Câmara dos Representantes americana, Nancy Pelosi, a ilha de Taiwan.

A viagem de Pelosi desencadeou os maiores exercícios militares da história da China no Estreito de Taiwan, incluindo o lançamento de mísseis balísticos e um bloqueio aéreo e naval à ilha.

kremlin.ru
Ministério das Relações Exteriores da China também agradeceu ao presidente Vladimir Putin

As tropas chinesas participarão dos exercícios militares Vostok, marcados para 30 de agosto a 5 de setembro. As atividades serão comandadas pelo distrito militar oriental russo, que tem seu quartel-general em Khabarovsk, a poucos quilômetros da fronteira chinesa.

O Ministério das Relações Exteriores da China também agradeceu ao presidente Vladimir Putin por ter definido a visita de Pelosi a Taiwan como uma "provocação bem planejada" dos Estados Unidos. 

(*) Com Ansa.

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