Terça-feira, 8 de julho de 2025
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A Igreja Católica do Panamá, que atua como mediadora entre os grupos manifestantes e o governo panamenho, anunciou nesta terça-feira (19/07) a criação de uma mesa de diálogo entre os sindicatos que têm organizado os protestos nacionais e as organizações do Executivo no país.

A decisão ocorre depois que a Aliança Popular, a Aliança dos Povos Originários e a Aliança Nacional pelos Direitos do Povo Organizado (Anadepo) se reuniram para conversar com o governo do presidente Laurentino Cortizo sobre o custo do combustível, da cesta básica, de medicamentos e sobre a luta contra a corrupção – principais demandas dos manifestantes. 

A primeira mesa de diálogo foi iniciada também nesta terça-feira, na província de Coclé, na região central do Panamá. Segundo comunicado oficial da arquidiocese do Panamá, a primeira fase dos diálogos seria feita exclusivamente com os representantes dos sindicatos manifestantes. Já em um segundo momento, “participarão cada um dos atores da sociedade”, completa a nota. 

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A declaração da organização católica ainda afirma que “dada a situação de emergência que a população sofre, encorajamos todos os participantes neste diálogo a dar sinais de boa vontade e construir consensos num clima de paz, tendo como centro a justiça social e o bem comum”.

Estabelecimento de negociações era uma das principais condições dos sindicatos para cessar mobilizações no país centro-americano

Twitter/Confederación Nacional de Unidad Sindical Independiente

Por sua vez, por meio das redes sociais, o governo do Panamá afirmou aceitar participar das mesas de diálogo com as organizações manifestantes.

Na tentativa de acabar com os protestos, o Conselho de Ministros aprovou no último domingo (17/07) a redução da gasolina e do diesel para US$ 3,25 (cerca de R$17,5) o galão, medida que não satisfaz os anseios das organizações sindicais.

O estabelecimento de uma mesa única de diálogo com o governo panamenho e participação de todos os segmentos de trabalhadores era uma das principais condições da aliança Povos Unidos pela Vida para cessar as mobilizações.

(*) Com TeleSur