Segunda-feira, 14 de julho de 2025
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A Coordenadoria Nacional de Povos Indígenas do Panamá (Coonapip), representando os povos originários do país, se incorporaram nesta quarta-feira (20/07) aos protestos contra o alto custo de vida para exigir que o governo do presidente Laurentino Cortizo registre suas terras.

“A greve e os protestos nacionais vão continuar até que o governo, de forma responsável, atenda ao apelo de todas as autoridades que até agora se sentem zombadas e discriminadas pela falta de atenção e respostas”, alertou a Coonapip.

A manifestação também exige o “fim dos despejos por parte dos colonos nas terras indígenas e o reconhecimento do desenvolvimento dos territórios Madungandì e Emberá de Alto Bayano”, já reconhecidos pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.

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A organização indígena pretende ocupar as rodovias de Alto Bayano, Ipetí Emberá, Pueblo Nuevo, Puerto Lara, Chepo, Puente Bayano e a região de Ngäbe Buglé a fim de isolar o território no país centro-americano.

O protesto conta com o apoio de outros 12 congressos e conselhos, como a Aliança Popular, a Aliança dos Povos Originários e a Aliança Nacional pelos Direitos do Povo Organizado (Anadepo), além de autoridades de sete povos indígenas panamenhos. 

Após uma semana de protestos, povos originários do país centro-americano juntam-se a mobilizações por ‘fim de despejos' e 'reconhecimento’ de suas terras

Facebook/Coonapi

Manifestação também exige o "fim dos despejos por parte dos colonos nas terras indígenas

A Coonapip também confirmou presença nas mesas de diálogo com o Poder Executivo que terá a Igreja Católica do Panamá como mediadora, a fim de encontrar soluções concretas para a situação dos povos originários e o poder sobre suas terras. 

O início das negociações foi estabelecido na última terça-feira (19/07) e também conta com os representantes dos sindicatos nas manifestações gerais do país que têm acontecido há mais de duas semanas. 

Esse impulso social está convocando grupos de todo o país, como a Coonapip, para exigir novas medidas que permitam o desenvolvimento local e econômico no país centro-americano.

O custo do combustível, da cesta básica, de medicamentos e a luta contra a corrupção fazem parte das principais demandas dos manifestantes.  

(*) Com TeleSur