A Associação Geral Promovedora de Unificação Pacífica da China no Brasil rechaçou a visita não autorizada de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, a Taiwan, condenando como “desastrosa” e “lamentável”.
Realizada na última terça-feira (02/08), Pelosi esteve em Taiwan, apesar dos protestos chineses contra a visita, já que esta foi a primeira vez nos últimos 25 anos que um político norte-americano de alto escalão visita a ilha, uma atitude que elevou a tensão entre os países.
Em nota, a associação afirmou que a visita “não trouxe uma benção” a Taiwan, mas um “desastre”. “Trata-se de uma grave violação da soberania e integridade territorial da China. Trata-se do incidente mais grave nas relações no estreito de Taiwan desde 1949, e terá consequências graves”, disse a entidade.
Pequim considera Taiwan parte do território, sob o princípio de uma só China, como aponta a nota: “é uma parte inseparável do território chinês”.
“Nós nos opomos firmemente à 'independência de Taiwan' e à interferência de forças externas. A questão de Taiwan diz respeito aos interesses fundamentais da China, e não há espaço para negociações. Nenhum país, nenhuma força, e ninguém deve julgar mal a determinação, vontade e capacidade do governo chinês para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial, alcançar a reunificação nacional e o rejuvenescimento da nação”, defende a comunidade no Brasil.
Ainda de acordo com a nota, a associação fez uma apelo aos “prezam pela paz”, para que haja uma oposição aos “atos desprezíveis das forças hegemônicas dos Estados Unidos”.
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Nancy Pelosi é a a mais alta autoridade dos Estados Unidos a visitar Taiwan em 25 anos
Leia o comunicado na íntegra:
“A Associação condena veementemente a visita de Nancy Pelosi a Taiwan e salvaguarda resolutamente a soberania e segurança da China.
Apesar da oposição repetida do governo chinês, a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi a Taiwan em 2 de agosto. Essa atitude lamentável atraiu a atenção do mundo e despertou grande indignação no povo chinês no exterior. Sua visita não trouxe uma benção, mas um desastre a Taiwan. Trata-se de uma grave violação da soberania e integridade territorial da China. Trata-se do incidente mais grave nas relações no estreito de Taiwan desde 1949, e terá consequências graves.
Taiwan é uma parte inseparável do território chinês. O princípio de Uma Só China é uma linha vermelha para a China desenvolver relações com qualquer país, e é também um consenso para a comunidade internacional. Ao mesmo tempo, esse princípio é também a base diplomática para o desenvolvimento pacífico das relações no estreito de Taiwan. Se um princípio fundamental como esse não for respeitado, a terra tremerá!
Nós nos opomos firmemente à “independência de Taiwan” e à interferência de forças externas. A questão de Taiwan diz respeito aos interesses fundamentais da China, e não há espaço para negociações. Nenhum país, nenhuma força, e ninguém deve julgar mal a determinação, vontade e capacidade do governo chinês para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial, alcançar a reunificação nacional e rejuvenescimento da nação. Por isso, apoiamos firmemente todas as medidas necessárias tomadas pelo governo chinês e pelo Exército Popular de Libertação da China.
A reunificação completa da China e o grande rejuvenescimento da nação chinesa não podem ser impedidos por nenhuma força ou por ninguém. Apelamos a todos os chineses na pátria e no exterior para que se dediquem ainda mais em prol disso!
Apelamos também a todos que prezam pela paz para que se opunham aos atos desprezíveis das forças hegemônicas dos Estados Unidos, e trabalhem juntos para salvaguardar a soberania, a igualdade, amizade e cooperação de todos os países em busca da paz mundial e do progresso humano!”
(*) Com Agência Brasil China.