O grupo conhecido como Opep+, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros dez produtores, chegou a um acordo nesta quarta-feira (03/08) para ampliar a produção de petróleo em 100 mil barris por dia em setembro, número menor que o aumento de 648 mil barris válido até o fim de agosto.
A decisão acontece após as tentativas do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de fazer o cartel liderado pela Arábia Saudita aprovar uma expansão mais agressiva da produção, como forma de frear a escalada dos preços do petróleo, provocada pela guerra na Ucrânia.
Tanto EUA quanto a União Europeia (UE) esperam que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos pressionem o restante dos parceiros para fornecer o petróleo bruto que a Rússia deixa de exportar, sujeito a um embargo de petróleo por Washington e Bruxelas.
No entanto, tanto os representantes da Arábia Saudita quanto os dos Emirados Árabes Unidos deixaram claro que não querem arriscar a aliança com a Rússia, selada em 2016.
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Opep+ é o grupo com membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros dez produtores
Depois de concordar com um corte de produção em 2020 em resposta à queda dos preços durante a pandemia de covid-19, a Opep+ começou a aumentar modestamente a produção em 2021 e a renovou ao longo deste ano.
Na reunião de junho, os membros da Opep+ concordaram com um aumento mensal gradual da produção até agosto, deixando no ar como continuar após o verão.
O novo aumento engloba a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e um grupo externo de produtores liderados pela Rússia, que juntos formam a Opep+, totalizando 23 países.
Segundo o grupo, o aumento tímido aprovado para setembro se deve a uma “capacidade produtiva gravemente limitada”, resultante de um “crônico déficit de investimentos no setor petrolífero”.
(*) Com Ansa e TeleSur.