Segunda-feira, 14 de julho de 2025
APOIE
Menu

O Governo da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional (ELN) assinaram nesta terça-feira (04/10) em Caracas um acordo pelo qual reiniciam os diálogos de paz, interrompidos durante os anos do mandato do ex-presidente colombiano Iván Duque (2018-2022).

Segundo o documento assinado pelas partes envolvidas, o Governo da Colômbia e o ELN concordam em “restabelecer a mesa de diálogo, retomar os acordos alcançados antes do rompimento, e  restabelecer o processo de diálogo a partir do mês de novembro”.

O comunicado lembra que, tanto para o governo do presidente Gustavo Petro, quanto para o ELN, é fundamental a participação da sociedade nas negociações.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

A administração de Petro e a organização guerrilheira também agradeceram aos países garantidores das negociações de paz: Cuba, Venezuela e Noruega.

O Ministério de Relações Exteriores de Cuba saudou a reativação dos diálogos e reitera que Havana “continuará apoiando e contribuindo, junto com os países garantidores, para as negociações com o ELN” e que “aprecia como uma oportunidade e reitera sua profunda convicção de que o governo colombiano e seus cidadãos merecem a paz, e encontrarão os meios para alcançá-la”.

Cuba, Venezuela e Noruega serão países garantidores das mesas de diálogo, propostas reestabelecidas após posse do presidente colombiano Gustavo Petro

Wikicommons

Propostas de negociações foram reativadas quando Petro tomou posse da presidência colombiana, em agosto

Em seus discursos após a assinatura do acordo entre as partes, tanto Antonio García, representante do ELN, quanto Danilo Rueda, diretor da comissão de Justiça e Paz do governo colombiano, ratificaram a decisão, embora não tenham definido onde começarão as negociações.

García ressaltou a disposição do grupo armado de retomar o processo, embora tenha esclarecido que não é “exatamente o mesmo acordo” alcançado em 2016 entre as ex-Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército Popular (FARC-EP) e o Estado colombiano.

Por sua vez, Danilo Rueda insistiu na confiança como um aspecto fundamental, celebrando o que chamou de disposição do ELN para desescalar o conflito, principalmente após a posse de Petro.

As conversações entre o Estado colombiano e o ELN foram interrompidas em 18 de janeiro de 2019, quando o governo de Iván Duque anunciou publicamente a decisão de concluir a Mesa de Diálogo de Paz que vinha ocorrendo em Havana, Cuba, a pedido ex-presidente Juan Manuel Santos, do ELN e outros atores internacionais.

As propostas de negociações foram reativadas quando Petro tomou posse da presidência colombiana em agosto e afirmou sua decisão de avançar pela “paz total”. 

(*) Com Telesur