A Procuradoria de Roma encerrou a investigação que empreendia sobre ditadores, membros de juntas militares e dos serviços de segurança que detinham o poder em países da América Latina nas décadas de 1970 e 1980 e são acusados pela morte de 25 italianos.
O encerramento da investigação precede o pedido de julgamento oral e público dos cerca de 140 acusados de envolvimento na Operação Condor, entre eles 11 brasileiros, 61 argentinos, 32 uruguaios, 22 chilenos e cidadãos de outros países.
O pedido de prisão das pessoas acusadas de envolvimento na operação foi solicitado em dezembro de 2007 na Itália.
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Um dos casos investigados corresponde a um “desaparecimento” ocorrido na Argentina antes do golpe de Estado de 24 de março de 1976 no país.
Trata-se do caso da morte do ítalo-uruguaio Daniel Alvaro Banfi Baranzano, sequestrado na Argentina em 12 de setembro de 1974 e morto um mês e meio depois, durante o governo de María Estela Martínez de Perón, conhecida como Isabelita Perón.
Em 24 de dezembro de 2009, a juíza italiana Luisanna Figliola condenou à prisão de 11 brasileiros e outros 129 ex-repressores da América do Sul por conta do desaparecimento e morte de italianos dentro das ações da Operação Condor.
O Plano Condor foi um sistema de coordenação repressiva ilegal operada pelas ditaduras militares sul-americanas. Apenas na Argentina, país onde moram milhares de cidadãos italianos ou descendentes de italianos, por organismos de direitos humanos denunciam o desaparecimento de 30 mil pessoas entre 1976 e 1983.
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