O portal internacional da administradora de cartões de crédito Visa foi tirado do ar por hackers na noite desta quarta-feira (8/12), em mais um episódio da disputa na internet entre militantes online que defendem o website Wikileaks e as corporações que, atendendo a apelos do governos dos Estados Unidos, interromperam os serviços que prestavam ao site de Julian Assange.
Mais cedo, de manhã, o site da Mastercard – que também havia barrado contas do Wikileaks – também já tinha sido “derrubado” por hackers. O mesmo aconteceu com o banco suíço que bloqueara a conta do Wikileaks, na véspera.
Às 22h30 de quarta-feira, a reportagem do Opera Mundi constatou que o website da Visa já tinha voltado ao ar.
Já a Mastercard reconheceu que teve “uma interrupção de serviço” em seu sistema de segurança de dados, segundo a assessoria da empresa citada pelo jornal norte-americano The Washington Post.
Coletivo virtual
O website de pagamentos indiretos PayPal também suspendeu a conta por meio da qual o Wikileaks recebia doações – confessadamente por “intervenção do Departamento de Estado dos EUA” -, mas não há notícia de que tenha sido atacado por hackers nem saído do ar.
Segundo ativistas na internet, outros portais já atacados incluem o do ministério público da Suécia e o do promotor de acusação que movem processo contra Assange por abuso sexual.
Organizados em um coletivo espontâneo conhecido como Operation Anon (de Anonymous) ou Operation Payback, os hackers estão alvejando sites de instituições que, de alguma forma, aderiram ao chamado da Casa Branca contra a entidade de Julian Assange, que se dedica a divulgar informações confidenciais que sejam de interesse público.
Infoguerra
Um de seus inspiradores, o poeta e ciberativista norte-americano John Perry Barlow, fundador da ONG EFF (Electronic Frontier Foundation, ou Fundação da Fronteira Eletrônica), instigou os militantes online à ação.
“A primeira infoguerra séria começou agora. O campo de batalhas é o Wikileaks. E vocês são os soldados”, disse, em seu perfil no twitter.
Como contra-ataque, as redes de relacionamento Facebook e Twitter suspenderam os perfis do grupo de hackers que atacaram as empresas. Até a conclusão desta reportagem, a conta @Anon_Operationn continuava fora do ar, sem mais explicações fornecidas pelo Twitter.
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