Manifestantes protestam contra prisão de fundador do Wikileaks em São Paulo
Manifestantes protestam contra prisão de fundador do Wikileaks em São Paulo
Cerca de 40 pessoas fizeram uma manifestação neste sábado (11/12) em frente ao Consulado Geral Britânico, em São Paulo, pedindo a libertação de Julian Assange, proprietário do site WikiLeaks, responsável pela divulgação de documentos diplomáticos sigilosos. A manifestação, declarada independente – ou seja, não ligada a partidos políticos ou organizações – foi convocada pela internet, por meio de redes sociais como o Facebook e o Twitter.
Oliver, que preferiu não informar o sobrenome e disse não ser ligado a partidos políticos ou organizações, disse que é um dos responsáveis pela divulgação da manifestação pela internet por defender a atuação do site. “Entender o que seus governos fazem e a posição dos Estados Unidos no mundo é uma contribuição que o WikiLeaks deu. Divulgar esses documentos e exigir a liberdade do Assange, que fundou o site e está preso, são deveres de qualquer cidadão”, afirmou.
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Também presente ao ato, Miryàm Hess, que faz parte do Conselho da Rede Grumin de Mulheres Indígenas, afirmou que o manifesto é importante para chamar a atenção para uma questão envolvendo os direitos humanos.
“Ele [Assange] é simplesmente um defensor dos direitos humanos e, quando vamos às últimas consequências para defender os direitos humanos, a resposta do Estado que viola esses direitos é prisão, tortura e morte.”
Julian Assange está preso em Londres e pode ser extraditado para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais.
Segundo Miryàm Hess, o tema também envolve uma discussão sobre a liberdade e a qualidade da imprensa em todo o mundo. “Acredito que se trate de uma melhora global do jornalismo”, afirmou ela, destacando que o WikiLeaks mostra que o jornalismo precisa ser feito de maneira séria e com fontes confiáveis.
Esta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também defendeu Assange. "Vamos fazer o primeiro protesto contra a liberdade de expressão na internet porque o rapaz [Assange] estava colocando lá apenas o que ele leu. E, se ele leu, é porque alguém escreveu. O culpado não é quem divulgou, mas quem escreveu a bobagem", disse Lula.
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Com dois meses de ataques israelenses, mais de 18 mil palestinos morreram em Gaza
Autoridades palestinas alertam para estado do sistema de saúde e delegação da ONU visita região para avaliar necessidades humanitárias: 'pior do que as palavras podem expressar', diz representante do Equador
A intensa operação militar israelense na Faixa de Gaza já deixou ao menos 18.205 palestinos mortos e mais de 49.200 feridos, sendo a maioria das vítimas composta de crianças e mulheres inocentes. Estas são as informações dadas pelo Ministério da Saúde palestina nesta segunda-feira (11/12) que, desde 7 de outubro, diariamente monitora o cenário e os reflexos dos incessantes ataques do exército de Israel.
As autoridades locais chegaram a emitir um alerta sobre o terrível estado do sistema de saúde de Gaza, ao informarem que mais de 300 funcionários de equipes médicas foram mortos pelos bombardeios recentemente. Além disso, disseram que os hospitais estão com 276% dos leitos de cuidados intensivos ocupados.
O Médico Sem Fronteiras denunciou, inclusive, a impossibilidade em atender tanta demanda com a limitação de recursos básicos acessíveis nos hospitais: “totalmente colapsado”, afirmou a coordenadora da entidade, Marie-Aure Perreaut.
O balanço foi divulgado no mesmo dia em que as forças de segurança lideradas pelas autoridades de Tel Aviv admitiram ter prendido 18 pessoas na Cisjordânia, na noite anterior, alegando que cinco estariam supostamente afiliadas ao Hamas. As prisões ocorreram no campo de refugiados de Balata, nas cidades de Dura e Tarqumya.

Twitter/State of Palestine - MFA
Em pouco mais de dois meses, Gaza já contabiliza mais de 18 mil mortes pelos ataques israelenses
Com o pedido internacional de cessar-fogo rejeitado na última sexta-feira (08/12) e sem expectativa alguma de que Israel tome alguma iniciativa para descontinuar os ataques, os representantes dos países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) - sem os Estados Unidos - visitaram a fronteira entre Egito e Gaza com o objetivo de verificar “em primeira mão o que é necessário em termos de operações humanitárias".
“A realidade é ainda pior do que o que as palavras podem expressar”, disse o representante do Equador na ONU, José De La Gasca.
Mesmo alvo de condenações por líderes da comunidade internacional, no último domingo (10/12), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu mais uma vez reforçou que não há intenção de parar. "É o começo do fim do Hamas. Digo aos terroristas do Hamas: acabou".
Já o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, justificou as operações dizendo que os militares trabalham “de acordo com o direito internacional”, usando, mais uma vez, a tese do “direito de autodefesa” defendida pelos Estados Unidos, o único país que votou pelo veto do pedido de cessar-fogo no último encontro emergencial do Conselho de Segurança da ONU.
(*) Com Ansa