A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na noite desta quarta-feira (15/12) por 250 votos favoráveis e 175 contrários, a revogação da lei conhecida como Don't Ask, Don't Tell, (não pergunte, não conte) que proíbe homossexuais declarados de prestar serviço militar.
Efe
Apoiador da revogação da lei Don't Ask, Don't Tell comparece à Câmara dos EUA
“Hoje temos uma oportunidade para votar mais uma vez para fechar a porta para uma injustiça fundamental em nossa nação. A revogação da política discriminatória honrará o serviço e o sacrifício dos que dedicam suas vidas à proteção do povo americano”, disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi.
“Espero que possamos encorajar o Senado a tomar uma medida que devia ter tomado há muito”, ressaltou a deputada.
A medida ainda aguarda para ser votada no Senado e foi apresentada pelo senador independente Joe Lieberman. Ainda não há data para votação.
Em comunicado, o presidente norte-americano, Barack Obama, parabenizou a decisão da Câmara e assegurou que o processo “permitirá uma abolição responsável e sem problemas” da lei atual, de modo que “se mantenha a ordem e a disciplina em nossas fileiras”.
“Continuar com esta revogação não só é o adequado, mas também dará a nossos militares a certeza e a clareza que merecem” para abordar o assunto, disse Obama, que assegurou: “Devemos garantir que os americanos dispostos a arriscar sua vida por seu país recebem um tratamento igual e justo de seu país”. A anulação da lei foi uma das promessas de campanha do atual presidente em 2008.
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Revés
Em outubro, a lei foi derrubada brevemente, e o Pentágono chegou a anunciar pela primeira vez que estava aceitando recrutas declaradamente homossexuais. O porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell, disse que o secretário de Defesa, Robert Gates, está muito satisfeito com a decisão e encoraja o Senado a aprová-la antes do recesso do Congresso.
A aprovação da medida permitirá que o Pentágono inicie um plano cuidadoso e “responsável” para a aplicação do que seria a nova política, “em vez de arriscar uma mudança abrupta como resultado de uma sentença dos tribunais”, explicou Morrell.
A anulação dessa medida encontra mais resistência entre os senadores do que entre os deputados. Na quinta-feira passada (9/12), o Senado optou por adiar, pela segunda vez neste ano, a análise de um amplo projeto sobre verbas para o Pentágono que incluía a anulação dessa lei. Para que haja discussão, são necessários 60 votos.
Uma pesquisa do Departamento de Defesa divulgada no fim de novembro apontou que 70% das pessoas ouvidas acham que o fim da proibição teria um efeito positivo, misto ou simplesmente nulo. Os que preveem resultados negativos somaram 30%.
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