O Partido Socialista Operário da Espanha (PSOE) e o Movimento Somar (herdeiro político do extinto partido progressista Podemos), anunciaram nesta terça-feira (24/10) um “acordo programático” para um novo “governo de coalizão progressista”.
A decisão oficializa a fórmula que o líder socialista e atual premiê Pedro Sánchez havia mostrado aos eleitores como projeto político durante a campanha para o pleito de julho.
É uma linha de continuidade da legislatura recém concluída. Durante seu primeiro mandato, o premiê governou junto com o Podemos, partido que se dissolveu em maio deste ano – a maioria dos seus integrantes migrou para o Movimento Somar, plataforma que fusionou vários partidos de esquerda espanhóis, liderada pela vice-premiê e ministra do Trabalho, Yolanda Díaz.
Para se confirmar como premiê novamente, porém, Sánchez precisa do apoio de outros partidos, incluindo os independentistas catalães, como a Esquerda Republicana (ERC) e de Junts per Catalunya (de direita).
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Pedro Sánchez em discurso durante o Conselho da União Europeia
Após o anúncio, Díaz prometeu uma intensa agenda climática: “faremos com que todas as políticas públicas sejam políticas climáticas, faremos uma revolução verde. Queremos ser uma potência em energias renováveis e não um deserto cinza”.
“Estão em jogo nossas vidas, o território e o futuro de nossos filhos”, disse, antecipando que a coalizão pretende adotar metas como “antecipar a redução das emissões de CO2 para 2030”, e “acabar com voos de menos de 2h30 de duração”, priorizando o uso de trens.
Sánchez disse que o pacto foi pensado para dar resposta “a todos os espanhóis e espanholas” e contempla 230 medidas, com atenção ao trabalho, qualidade dos serviços públicos, luta contra a mudança climática e direitos constitucionais.
Pedro Sánchez tem até 27 de novembro para obter o voto de confiança do Parlamento. Ele precisará de 176 votos para ser ter sua investidura aceita e consolidar seu segundo mandato como primeiro-ministro.
Com informações de ANSA.