*Reportagem atualizada às 15h.
Quatro cidadãos egípcios tentaram se suicidar ateando fogo ao próprio corpo nesta terça-feira (18/01), somando cinco atos deste tipo nos dois últimos dias, informaram os serviços de segurança à agência de notícias Efe. O objetivo era protestar contra o governo, a polícia e as atuais políticas trabalhistas.
No Cairo, o advogado Mohamed Faruk Mohamed Hasan, de 50 anos, queimou o corpo em frente à sede do governo para denunciar que a polícia egípcia não havia feito o suficiente para descobrir o paradeiro de sua filha, desaparecida há três meses. Instantes após o fogo começar, vários agentes tentaram apagar as chamas. Ele foi enviado ao hospital Munira, no centro da capital egípcia.
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Também no Cairo, Sayed Ali al Sayed,um aposentado de 60 anos, ateou fogo em si mesmo na frente da sede do Parlamento para protestar contra atraso no recebimento da aposentadoria. Ele sofreu queimaduras leves e também foi para o hospital Munira.
Na cidade de Alexandria, um desempregado de 25 anos identificado como Ahmad Hashem al Sayed se queimou no telhado do edifício onde vive. O jovem, licenciado em direito, estava havia meses buscando emprego.
Horas após o protesto, autoridades egípcias informaram que ele morreu com queimaduras em 75% do corpo.
De acordo com informações divulgadas à agência Efe, a nova vítima é um mecânico de 35 anos identificado como Tareq Mohammed Kadafi, que ateou fogo no próprio corpo na cidade de Ismailiya, situada no Canal de Suez.
Ontem, um egípcio havia cometido este mesmo ato em frente à Assembleia do Povo, no Cairo. Em 17 de dezembro, um vendedor ambulante tunisiano de 26 anos, Mohamed Buazizi, ateou fogo ao próprio corpo para protestar contra o confisco de sua mercadoria pela polícia, desencadeando uma onda de protestos que culminou com a queda do presidente Zine El Abidine Ben Ali. Desde então, gestos semelhantes foram registrados na Tunísia e na Argélia.
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