A Frente Nacional de Resistência Popular de Honduras (FNRP) rejeitou uma reforma da Constituição que visa à reeleição presidencial dentro de um regime golpista e a escantear a demoanda de uma Carta Magna de origem popular.
Em entrevista à imprensa, o sub-coordenador da FNRP, Juan Barahona, e outros líderes da Frente anunciaram uma mobilização nacional para o próximo dia 27, quando o presidente Porfirio Lobo comemora seu primeiro ano de mandato.
Barahona denunciou que, com as reformas aprovadas pelo Congresso no artigo 5 º da Constituição, o governo tenta dar uma cara de abertura e democracia que não existe. Em uma declaração publicada no seu site, a FNRP insiste no seu objetivo de refundar Honduras por meio de uma Assembléia Nacional Constituinte originária, popular e participativa.
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“Esse é o caminho que o povo traçou para construir um Estado de direito que garanta o bem-estar de todos e permita a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e inclusiva”, diz o texto.
Acrescenta que esta luta é uma reivindicação inalienável da grande maioria da população e se apresenta como única possibilidade para a instauração de um pacto social que permita a mudança estrutural exigida pela sociedade em crise.
“Apesar de seu manejo cheio de artifícios, as reformas que o Congresso aprovou são uma rendição da oligarquia contra a força dos argumentos da resistência sustentados por mais de 18 meses de luta contínua”, afirma.
“Ao mesmo tempo, constituem uma total aceitação da ilegalidade do golpe de Estado contra o governo democrático do presidente Manuel Zelaya”, completa.
A FNRP assinala no comunicado que propõe mudanças profundas, com base na vontade irrestrita do povo, que vão além de reformas e ou vontades temporárias que possam ser revertidas pela mesma classe social que impôs uma ditadura.
Autonomia administrativa
O Congresso hondurenho aprovou ainda na quarta-feira (19/01) a reforma constitucional de artigos que permitem criar regiões autônomas juridica e administrativamente no país. A medida foi aprovada pelos 128 deputados do Parlamento.
Com isso, fica permitida a criação das chamas Regiões Especiais de Desenvolvimento, que além de terem autonomia nos âmbitos internos, têm permissão para firmar até mesmo acordos internacionais nos âmbitos comerciais e de cooperação.
*Notícia publicada originalmente no site Vermelho.
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