A comissão investigadora sobre a apreensão e o ataque a um navio de ajuda humanitária turco que tentava furar um bloqueio à Faixa de Gaza em 31 de maio, absolveu neste domingo (23/01), por unanimidade, o governo israelense pelo ocorrido.
Segundo a chamada Comissão Turkel, responsável por analisar os aspectos jurídicos e cujo relatório formará o núcleo da defesa de Israel em na investigação da ONU, os passageiros foram os responsáveis pela violência e que, portanto, os direitos internacionais não foram desrespeitados.
Para eles, o bloqueio a Gaza é justificado pela ameaça de fornecimento de armas ao Hamas e aos esforços de Israel para manter suprimentos humanitários a palestinos comuns na região.
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“Mesmo que o bloqueio naval… tivesse sido considerado fora das exigências das leis internacionais, indivíduos ou grupos não têm o direito de tomar a lei em suas próprias mãos e quebrar o bloqueio”, diz o texto do relatório divulgado, referindo-se a ativistas pró-Palestina que estavam na flotilha.
Com isso, a Comissão Turkel inocentou o governo de Israel e apenas pediu que o país reveja a forma de impor sanções aos líderes do Hamas, em Gaza, visando poupar os civis da região.
A comissão israelense foi criada por ordem do governo de Benjamin Netanyahu, que chamou testemunhas turcas a comparecer diante de especialistas, incluindo o capitão do Mavi Marmara e o líder da organização turca ONG IHH, embora nenhum deles tenha respondido ao convite.
Os dois observadores internacionais da comissão, o general Ken Watkin, de nacionalidade canadense, e David Trimble, da Irlanda do Norte, assinaram o relatório e garantiram “não terem dúvidas que a comissão é independente.
A Turquia, que perdeu nove cidadãos nos confrontos da embarcação Mavi Marmara ainda não se manifestou a respeito, mas deve rechaçar a decisão da comissão. Desde o ocorrido, as relações entre os dois países estão rompidas. Ancara exigiu desculpas formais e indenização para os mortos e feridos. Já Israel se negou a atender as exigências.
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