O primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, qualificou nesta quarta-feira (09/02) como uma “autêntica guerra” os recentes conflitos travados entre as tropas de seu país e da Tailândia por uma zona fronteiriça cuja soberania é disputada pelos dois países.
Hun Sen assinalou em Phnom Penh durante um ato oficial, que “não se trata de um choque militar, mas de uma autêntica guerra que vai durar muito tempo”.
Em seu discurso, o chefe do governo cambojano acusou novamente a Tailândia de provocar o conflito e que, ” por seus crimes de guerra, deverá responder perante um tribunal internacional”.
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Hun Sen descartou negociações bilaterais para tentar resolver a disputa e insistiu que a Tailândia tem que aceitar uma mediação internacional.
“As negociações bilaterais agora são inúteis, por isso é necessário um mecanismo internacional”, disse o primeiro-ministro do Camboja.
Durante seu discurso Hun Sen também adiantou que o Camboja pedirá uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o envio à zona de observadores designados pelo organismo multinacional.
Tailândia e Camboja enviarão seus ministros de Relações Exteriores à Nova York para expor na próxima semana perante o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) suas versões do conflito em uma zona próxima às ruínas do templo de Preah Vihear, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Pelo menos oito pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
O ministro de Relações Exteriores tailandês, Kasit Piromya, e seu colega cambojano, Hor Namhong, viajarão na segunda-feira à Nova York para uma reunião convocada pela presidente do Conselho de Segurança, a embaixadora brasileira Maria Luiza Ribeiro Viotti.
O chefe da diplomacia indonésia, Marty Natalegawa, também vai participar da reunião como representante da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Camboja e Tailândia são membros da Asean, organização com o objetivo de alcançar em 2015 uma integração econômica regional de seus países-membros na qual também estão Mianmar, Brunei, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura e Vietnã.
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