O governo dos Estados Unidos vetou nesta sexta-feira (18/02) a adoção no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) de uma resolução palestina que reafirma a ilegalidade dos assentamentos judaicos em território ocupado e que contava com amplo respaldo internacional.
A delegação americana, que tem direito de veto por ser um membro permanente, foi a única dos 15 países do principal órgão de segurança internacional a votar contra a medida apoiada por mais de 100 países.
“Apesar de concordarmos com os outros membros, e de fato com o mundo em geral, sobre a insensatez e a ilegitimidade de continuar as atividades nos assentamentos israelenses, não nos parece sensato que o Conselho trate de resolver os assuntos cruciais entre israelenses e palestinos”, explicou a embaixadora dos Estados Unidos perante a ONU, Susan Rice, pós a votação.
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A representante americana advertiu que sua oposição à resolução palestina não pode ser interpretada como um respaldo aos assentamentos que Israel construiu nos territórios ocupados após a guerra de 1967.
“Ao contrário, rejeitamos firmemente a legitimidade das atividades nos assentamentos israelenses, que durante quatro décadas atingiu a segurança de Israel e a esperança da paz e a estabilidade na região”, apontou.
Rice lembrou que “nenhum outro país” investiu mais capital político na busca de uma paz duradoura no Oriente Médio que os Estados Unidos, por isso que defendeu sua decisão de evitar que a resolução pudesse dificultar o processo.
Na sua opinião, a adoção da resolução promovida pelos países árabes abriria a porta para que qualquer uma das partes acudisse à ONU quando as negociações diretas entre eles enfrentassem dificuldades.
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