Abbas exige reunião do Conselho de Segurança para frear expansão judaica
Abbas exige reunião do Conselho de Segurança para frear expansão judaica
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, pediu nesta quarta-feira (10/11) a seu representante perante a ONU, Ryad Mansour, que solicite uma reunião urgente do Conselho de Segurança para discutir a última expansão das colônias judias em Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
“Deve existir alguma medida internacional para frear a expansão dos assentamentos”, anunciou o porta-voz da Presidência palestina Nabil Abu Rudeina, após divulgar que Israel aprovou 1,3 mil casas nos bairros judeus de Har Homah e Ramot, ambos no território palestino ocupado de Jerusalém Oriental.
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Além disso, um empresário israelense pretende construir outros 800 apartamentos no assentamento de Ariel, no coração da Cisjordânia ao sul da cidade de Nablus, aproveitando que se trata de terrenos de propriedade privada e não requer autorização do Ministério da Defesa.
“Qualquer tipo de construção em Jerusalém ou em outras terras palestinas é ilegal”, ressaltou o porta-voz palestino, e completou: “as resoluções internacionais proíbem a colonização e a consideram uma mudança de uma região ocupada”.
Desde o final da moratória, Israel autorizou a construção de casas em 20 colônias, mas na segunda-feira anunciou um projeto para ampliar a de Har Homah, construída a partir de 1996. Outras 300 serão construídas na de Ramot, ao norte de Jerusalém.
O anúncio dos dois novos projetos indignou os Estados Unidos, onde o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se encontra em visita.
Porta-vozes do Departamento de Estado expressaram “profunda decepção” por Israel enquanto Obama declarou, na terça-feira, que se trata de uma estratégia que só prejudica as negociações para o conflito no Oriente Médio.
O secretário do governo israelense, Tzvi Hauser, respondeu à Casa Branca que “Jerusalém é a capital do Estado de Israel e que por isso seu país nunca aceitou pôr restrições à construção nessa cidade”.
Os palestinos demandam parte do capital de seu futuro estado e consideram que qualquer bairro judaico levantado fora das fronteiras de 1967 é um assentamento como qualquer um dos mais de duzentos espalhados pela Cisjordânia.
Cerca de 300 mil israelenses, ao redor de 53% da população da cidade, residem em bairros judeus em zonas ocupadas de Jerusalém Oriental, onde vivem mais de 200 mil palestinos.
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