Atualizada às 16h52
Duas explosões foram registradas nesta quinta-feira (26/08) nos arredores do aeroporto internacional de Cabul, no Afeganistão, deixando ao menos 60 mortos e 140 ficaram feridos. O Pentágono, por meio do chefe do comando central Kenneth McKenzie, também confirmou que pelo menos 12 militares norte-americanos morreram, e 15 estão feridos.
Embora não haja confirmação oficial, alguns veículos de notícias internacionais falam em atentado suicida, cenário que é endossado pelo Ministério da Defesa da Turquia. Por conta da situação, todos os portões de acesso ao aeroporto foram fechados temporariamente.
À agência de notícias Reuters, um membro do Talibã disse que entre as mortes estão crianças, e guardas do grupo ficaram feridos. Militares norte-americanos também estão entre as vítimas. Governos britânico e alemão informaram que não há mortos entre seus militares.
A informação das explosões foi confirmada pelo Pentágono e descrita como um “ataque complexo” pelo governo norte-americano. Os Estados Unidos, inclusive, voltaram a emitir um pedido para que seus cidadãos não se dirijam ao local – mesmo apelo feito pelo embaixador da França em Cabul, David Martinon.
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Aeroporto de Cabul é a principal rota de saída de afegãos e norte-americanos do país
“Para todos os amigos afegãos, se vocês estiverem próximos aos portões do aeroporto, saiam daí imediatamente. Uma nova explosão é possível”, disse Martinon no Twitter.
Um hospital de emergência na capital afegã afirmou que recebeu até o momento 60 feridos. Poucos minutos antes, a informação preliminar era de que o número de feridos era metade disso, sendo que seis teriam morrido no caminho do ambulatório.
De acordo com o jornalista do Guardian Julian Borger, uma declaração do porta-voz do Talibã, Zabiullah Mujahid, traduzida por um repórter local, diz que os norte-americanos foram informados anteriormente sobre um possível ataque do Estado Islâmico ao aeroporto de Cabul.
“O Talibã está comprometido com a comunidade internacional e não permitirá que terroristas usem o Afeganistão como base para suas operações”, disse Mujahid.
(*) Com Ansa.