Thiago Ávila deixa prisão em Israel e está a caminho do Brasil
Voo do ativista brasileiro irá fazer conexão em Madri, com chegada prevista para sexta-feira (13/06) no aeroporto de Guarulhos
(*) Atualizada às 12h10
O brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, foi levado ao Aeroporto Ben Gurion em Israel na tarde desta quinta-feira (12/06), horário local, e está a caminho do Brasil, segundo a advogada dele, que atua no centro jurídico Adalah na Palestina ocupada.
É esperado que o voo de Thiago faça uma conexão em Madri, na Espanha, e siga para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A chegada do ativista está prevista para sexta-feira (13/06), às 5h25.
O brasileiro estava sob custódia israelense desde a madrugada de segunda-feira (09/06), quando o barco em que estava com outros 11 ativistas da Flotilha da Liberdade foi interceptado pela Marinha israelense em águas internacionais no mar Mediterrâneo.
A Flotilha é uma iniciativa composta por organizações e ativistas de diferentes países, unidas com o objetivo de desafiar o bloqueio mantido por Israel sobre a Faixa de Gaza – um bloqueio amplamente contestado por entidades internacionais.
Além de Thiago, outros cinco ativistas da Flotilha da Liberdade – Mark van Rennes (Holanda), Suayb Ordu (Turquia), Yasemin Acar (Alemanha), Reva Viard (França) e Rima Hassan (França) – estão a caminho do aeroporto para serem deportados, apesar de terem se recusado a assinar a ordem de deportação em que assumiriam ter entrado ilegalmente no território israelense.
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Thiago Ávila está entre os seis ativistas da Flotilha da Liberdade levados ao Ben Gurion para deportação forçada.
Reprodução/@thiagoavila
Na tarde de quarta-feira (11/06), Thiago havia sido transferido para uma cela solitária na prisão israelense. A defesa do ativista sugeriu que a transferência para o isolamento tenha sido uma represália israelense pela greve de sede e fome que o ativista tem feito desde segunda-feira e por ter sido o responsável pela coordenação da Flotilha da Liberdade.
A organização Adalah relata que os detidos foram submetidos a condições insalubres e maus tratos, incluindo confinamento solitário, privação de sono, de comida e de água potável, e que advogados enfrentaram acesso restrito aos ativistas. A advogada de Thiago confirmou que o brasileiro havia sido ameaçado pelas autoridades a permanecer no isolamento solitário por sete dias.
O veleiro Madleen tinha Gaza como destino na tentativa de entregar suprimentos aos palestinos famintos e quebrar o bloqueio israelense.