AI denuncia morte em prisão de 88 pessoas na Síria desde abril
AI denuncia morte em prisão de 88 pessoas na Síria desde abril
Ao menos 88 pessoas morreram na Síria, entre abril e meados de agosto, enquanto estavam na prisão por sua participação nos protestos contra o regime de Bashar Al Assad, segundo relatório publicado nesta quarta-feira (30/08) pela AI (Anistia Internacional).
A organização humanitária denunciou que as vítimas, entre elas dez menores, sofreram surras, queimaduras, descargas elétricas e outros abusos durante o tempo em que estavam presas e que ao menos no caso de 52 das vítimas existem provas de tortura que causaram ou contribuíram para sua morte.
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A Anistia Internacional recolheu vídeos e imagens feitas por familiares e ativistas de 45 das vítimas e pediu a legistas independentes que as analisassem. A conclusão foi que os ferimentos nos corpos demonstraram que as vítimas sofreram “terríveis surras”, além de queimaduras e chicotadas.
A maioria dos casos contabilizados ocorreu nas províncias de Homs e Daara, onde houve grandes manifestações e protestos durante os últimos cinco meses. Também foram registradas mortes de detidos em Damasco, Rif Dimashq, Idlib, Hama e Alepo.
Um dos vídeos analisados por AI mostra o corpo de Tariq Ziyad Abdul Qadir, de Homs, que foi devolvido à família em 16 de junho com o cabelo arrancado, marcas no pescoço e nos genitais causadas por descargas elétricas, além de queimaduras de cigarro.
A organização humanitária com sede em Londres explicou nesta quarta-feira que não foi informada de nenhuma investigação independente sobre as mortes denunciadas e pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que leve a situação na Síria ao Tribunal Penal Internacional para que imponha um embargo sobre o país e congele os fundos do presidente Bashar Al Assad e seus aliados.
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