Quarta-feira, 9 de julho de 2025
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Acusado de desvio de fundos e abuso de confiança no período em que foi prefeito de Paris (1976-1995), o ex-presidente francês Jacques Chirac, de 78 anos, é o primeiro chefe de Estado do país a ser julgado por um tribunal. O julgamento está marcado para ocorrer durante toda esta segunda-feira (05/08). No entanto, Chirac não comparecerá à sessão, pois, segundo seus advogados, está sofrendo de problemas neurológicos.

Chirac foi presidente da França de 1995 a 2007, depois de ser primeiro-ministro do país por dois períodos – de 1974 a 1976 e de 1986 a 1988. Ele é réu em um processo que investiga desvio de fundos, abuso de confiança, conflito de interesses, facilitação na criação de empregos-fantasma na prefeitura de Paris, nos anos 1990, além do pagamento ilegal de salários para integrantes de seu partido.

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Se for considerado culpado, Chirac pode ser condenado a dez anos de prisão e ao pagamento de 15 mil euros de multa (aproximadamente 34,5 mil reais). O processo envolve ainda mais nove pessoas.

Em carta, os advogados de Chirac informaram que o ex-presidente está vulnerável e sem condições de comparecer ao julgamento por causa de problemas neurológicos. No entanto, na carta, o ex-presidente insistiu para ser julgado, sendo representado por seus advogados.

O Ministério Público informou que aceita o laudo médico fornecido pela defesa de Chirac. Mas a associação anticorrupção Anticor, que é parte do processo, quer que o tribunal solicite um laudo independente.

Nos últimos meses surgiram informações de que Chirac sofre do mal de Alzheimer – doença degenerativa que causa perda de várias habilidades, como o raciocínio e a memória, além de afetar o comportamento. A mulher do ex-presidente, Bernardette, negou que ele sofra da doença. Mas o genro disse que exigir a presença de Chirac no julgamento é “indigno e desumano”.

O presidente do tribunal vai analisar três opções: pedir outro laudo médico, aceitar que Chirac seja representado pelos advogados ou adiar o julgamento. O ex-presidente sempre negou a existência de um sistema organizado de empregos fictícios na prefeitura de Paris.

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Alegando problemas de saúde, Chirac não comparece ao próprio julgamento em Paris

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