A Procuradoria Federal da Alemanha informou nesta quarta-feira (12/04) que o ataque com explosivos contra o ônibus do time de futebol do Borussia Dortmund está sendo investigado como um atentado terrorista e afirmou que uma pessoa, com “referências islâmicas”, foi detida. A policia fez buscas na residência do homem preso e na de outro suspeito.
A porta-voz da Procuradoria, Frauke Köhler, confirmou à imprensa que foram encontrados três textos idênticos no local da explosão que apontam para “um possível contexto islamita”, pedindo que a Alemanha retirasse os aviões que participam da missão militar na Síria e o fechasse da base aérea dos Estados Unidos em Ramstein, no sudoeste do país.
Köhler acrescentou que um site da internet de extrema-esquerda também reivindicou a autoria do ataque, mas os investigadores têm “dúvidas consideráveis” sobre a veracidade da mensagem.
Ataque
O ataque aconteceu nesta terça (11/04) por volta das 19h15 locais (14h15 de Brasília) quando três explosões atingiram o ônibus do Dortmund que seguia rumo ao estádio para enfrentar o Monaco no jogo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões da Europa.
Agência Efe
Ataque a ônibus do Borussia Dortmund deixou um jogador ferido; polícia fala em terrorismo
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O jogador espanhol Marc Bartra ficou ferido em um dos braços pelos estilhaços da explosão, mas Köhler explicou que os danos poderiam ter sido muito mais graves.
Os artefatos, que estavam posicionados atrás de uma cerca-viva, continham peças de metal e uma delas penetrou no encosto de cabeça de um dos bancos do ônibus. O alcance dos explosivos, cuja composição ainda está sendo investigada, superou os 100 metros, detalhou a porta-voz da Procuradoria Federal.
Pelo tipo de ataque, os investigadores assumem que se trata de um atentado com “contexto terrorista”, mas Köhler disse que “os motivos concretos ainda não estão claros”.
O ministro do Interior da Renânia do Norte-Westfalia, Ralf Jäger, afirmou, antes da fala de Köhler, que não se descarta nenhuma via de investigação – inclusive a relacionada com torcedores violentos – e lembrou que a segurança foi reforçada em todo o Estado federado.
“Monitoramos cada ato público, não só os que envolvem multidões”, disse. Jäger lembrou, além disso, que se deve partir da base de que os autores do ataque contra o ônibus continuam livres e provavelmente na região.
A cidade de Dinslaken e outros pontos da Concha do Ruhr, a região onde fica Dortmund, é considerada um reduto do salafismo, uma minoria radical muçulmana que conta com cerca de 10 mil indivíduos em toda a Alemanha.
(*) Com Efe