Houthis do Iêmen atacam aeroporto de Tel Aviv pela terceira vez em 48 horas

Os Houthis, grupo rebelde do Iêmen que defende a causa palestina, anunciou neste sábado (22/03) o lançamento do seu terceiro ataque com míssil hipersônico contra o território israelense em menos de 48 horas.

Assim como os disparos anteriores, o mais recente também teve como alvo o Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, o maior do país.

Horas antes, ainda na noite de sexta-feira (21/03), outro míssil hipersônico, atingiu uma localidade próxima ao mesmo aeroporto. O episódio levou quase dois milhões de israelenses a se refugiarem em bunkers.

Segundo o canal Al Jazeera, meios informativos de países árabes têm afirmado que o próprio primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu teria sido levado às pressas a um refúgio de segurança máxima devido a este segundo ataque.

O porta-voz dos Houthis, Yahya Saree, afirmou em um vídeo difundido nas redes sociais, que nas três ocasiões, utilizou-se um modelo de míssil hipersônico batizado “Palestina 2”, em referência ao fato de que os ataques dos Houthis contra Israel são ações em solidariedade ao povo palestino que vem sendo algo de um massacre na Faixa de Gaza, onde as tropas israelenses já mataram mais de 49 mil civis desde 7 de outubro de 2023.

“Em apoio ao povo palestino oprimido e sua amada e corajosa resistência, lançamos mais um míssil Palestina 2, que atingiu seu objetivo com sucesso”, declarou Saree.

Segundo o porta-voz iemenita, “todas as companhias aéreas (que operam um Israel) se tornaram inseguras para o tráfego aéreo”.

Retaliação aos Estados Unidos

Além do ataque ao aeroporto israelense, Saree relatou que os Houthis avançaram pelo sexto dia consecutivo com uma operação militar visando atingir embarcações que escoltam o porta-aviões norte-americano USS Harry Truman, que estão localizadas nas proximidades do Mar Vermelho, próximas à costa do Iêmen.

A operação contra o porta-aviões é uma represália à agressão lançada no último domingo (16/03) pelas forças militares dos Estados Unidos e do Reino Unido, contra o território iemenita.

Com informações de Al Jazeera e TeleSur.