A América Central defenderá o fim do bloqueio a Cuba e a inclusão do país na Cúpula das Américas, durante a próxima edição do encontro, de 17 a 19 de abril, em Trinidad e Tobago, informou o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.
A decisão foi tomada na reunião de cúpula do Sica (Sistema de Integração Centroamericano), encerrada ontem (25) em Manágua, capital da Nicarágua. A Cúpula das Américas, segundo Ortega, só será “uma reunião das Américas quando Cuba lá estiver”.
“Todos os governos americanos e caribenhos ou já estabeleceram relações (com Cuba), ou estão estabelecendo, ou estão prestes a fazê-lo”, declarou o presidente nicaraguense.
O primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, Patrick Manning, comentou o assunto na semana passada, quando esteve em Brasília. “Nós não estamos procurando criar disputas em Porto de Espanha (capital de Trinidad e Tobago)”, disse. “Esperamos que as coisas se movam suavemente. Não queremos encurralar ninguém e queremos assegurar o avanço da causa da democracia e da integração no hemisfério ocidental”.
Ele mencionou especificamente os Estados Unidos, que cortaram relações com a ilha em 1962, três anos após a Revolução Cubana. “Nós não tentaremos encurralar especialmente o presidente dos Estados Unidos, que parece estar honrando muitos dos compromissos que fez”.
Lula já havia pedido, durante visita ao presidente Barack Obama, que os Estados Unidos tenham um novo olhar para a América Latina, enfatizando os casos de Cuba e Venezuela.
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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, também já manifestou vontade de integrar Cuba ao encontro. “Cuba é a essência do coração e da dignidade dos povos da América Latina e do Caribe”, disse em dezembro.
A Cúpula das Américas é realizada desde 1994, com participação de todos os países do continente, exceto Cuba.
Condecoração
O ex-presidente cubano Fidel Castro receberá amanhã do governo da África do Sul a condecoração Dourada dos Companheiros de O. R. Tambo, por seu papel na luta contra o colonialismo, racismo, apartheid e desigualdade.
A menção honrosa foi recebida anteriormente por personalidades como Martin Luther King e Mahatma Ghandi. Oliver Reginald Tambo foi um ativista sul-africano que militou ao lado de Nelson Mandela contra o racismo e morreu em 1993.
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