O pediatra norte-americano Melvin Morse foi detido sob a acusação de submeter a filha de 11 anos a asfixia simulada com água, uma prática conhecida como “waterboarding”. Morse, de 58 anos, foi preso na quinta-feira (09/08) com a esposa, Pauline, de 40 anos, após a filha denunciar que o pai a tinha asfixiado debaixo de uma torneira aberta como método de disciplina.
O pediatra é conhecido por seus livros sobre experiências de crianças que estiveram à beira da morte e participou como especialista de programas de televisão de grande popularidade nos Estados Unidos como “Larry King Live” e “The Oprah Winfrey Show”. O afogamento simulado ou “waterboarding” é uma técnica que interrogadores aplicam em suspeitos de terrorismo, o que é considerado tortura.
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Um dos advogados de Morse, Joe Hurley, declarou que “o que quer que tenha sido descrito não é 'waterboarding'”, de acordo com o jornal Washington Post, embora tenha reconhecido que não tinha todas as informações sobre o caso. Em julho, Morse foi acusado de agressão e de pôr em perigo o bem-estar de um menor, depois de tirar à força a filha do carro pelo tornozelo e arrastá-la por um caminho de terra até sua casa, onde bateu na menina.
A criança recebeu assistência no Centro de Defesa das Crianças de Delaware onde contou algum tempo depois sobre os casos de asfixia simulada que aconteceram em quatro ocasiões entre 2009 e 2011, dos quais sua mãe teria sido testemunha sem fazer nada, segundo contou o cabo da polícia Gary Fournier ao canal de televisão ABC.
Os Morse estão enfrentando duas acusações por colocar em perigo o bem-estar de uma criança, uma acusação de conspiração em segundo grau, e quatro outras por crime grave de primeiro grau pelos supostos episódios de “waterboarding”.