A Anistia Internacional apelou nesta segunda-feira (17/01) para que as autoridades do Haiti processem judiciamente o ex-ditador Jean-Claude Duvalier, conhecido como Baby Doc, de 59 anos, que governou o país de 1971 a 1986. Depois, ele foi deposto por uma revolta popular em decorrência de uma série de crimes atribuídos ao governo. Ontem Baby Doc voltou ao país, após 25 anos do protesto que o derrubou.
Para a Anistia Internacional, Baby Doc deve ser julgado por crimes contra a humanidade. “A generalizada e sistemática série de violações dos direitos humanos cometidas no Estado do Haiti durante a gestão Duvalier é considerada crime contra a humanidade”, recomendou o conselheiro especial da Anistia Internacional Javier Zuniga.
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Ele acrescentou que “o Haiti é obrigado a processá-lo e a qualquer outra pessoa responsável por tais crimes”. Para o conselheiro, a onda de crimes no país foi generalizada e causou torturas sistemáticas e outros maus-tratos.
De acordo com a Anistia Internacional, centenas de pessoas desapareceram e foram executada no governo de Baby Doc. Havia a atuação de milícias ligadas às Forças Armadas e à Segurança Nacional de Voluntários. Essas milícias eram chamadas de Tonton Macoutes.
O retorno inesperado de Baby Doc ao Haiti ocorre no momento em que o país enfrenta uma crise política, uma epidemia de cólera e as dificuldades da reconstrução após o terremoto devastador do ano passado que matou mais de 250 mil pessoas.
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