O governo brasileiro se manifestou neste domingo (19/01) sobre as mudanças na NSA (Agência Nacional de Segurança, na sigla em inglês) anunciadas na sexta-feira (17) pelo presidente norte-americano, Barack Obama. A presidente Dilma Rousseff foi uma das espionadas pela agência dos EUA e chegou a cancelar uma viagem ao país após a revelação do monitoramento.
Segundo o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, o governo brasileiro analisou “detidamente” o anúncio de Obama. “É um primeiro passo. O governo brasileiro irá acompanhar com extrema atenção os desdobramentos práticos do discurso”, afirmou, de acordo com nota publicada no blog do Palácio do Planalto.
Na sexta-feira, o presidente norte-americano assegurou que líderes de nações aliadas não serão mais espionados pelos EUA, “a menos que exista um forte motivo de segurança nacional”. “Confiem em nós, não abusaremos dos seus dados”, disse, dirigindo-se também aos chefes de Estado mundiais.
Agência Efe
Dilma Rousseff chegou a cancelar uma viagem oficial aos EUA após revelação de espionagem
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Ainda na sexta, em uma entrevista à emissora alemã ZDF, Obama afirmou que, enquanto estiver no poder, a chanceler Angela Merkel não será mais monitorada.
Especificamente sobre as atividades da NSA em território norte-americano, Obama anunciou que fará uma transição no sistema: os dados telefônicos coletados pelas agências de inteligência dos EUA não serão mais controlados pelo governo, mas ficarão sob a tutela de um setor privado e independente.
Sempre que precisarem acessar esse banco de dados, os agentes norte-americanos terão, a partir de agora, que obter autorizações judiciais específicas do tribunal secreto de vigilância (Fisa, em inglês), segundo Obama.