Apenas EUA e Israel apoiam bloqueio econômico contra Cuba na ONU
Resolução da Assembleia Geral que pede fim do embargo norte-americano à ilha socialista teve 187 votos a favor, dois contrários e uma abstenção; decisão se repetiu pelo 32º ano consecutivo
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira (30/10), com 187 votos a favor, uma nova resolução sobre a “necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos Estados Unidos contra Cuba”.
Esta foi a 32ª vez consecutiva que a Assembleia Geral avalia uma resolução com o mesmo conteúdo, pelo fim de um bloquei que segue vigente desde os Anos 60. A primeira delas foi em 1992.
Todas as 32 resoluções contra o bloqueio norte-americano a Cuba foram aprovadas, mas a deste ano alcançou um apoio recorde: 187 países se posicionaram a favor da medida.
Leia também:
BRICS aprova ingresso de Cuba, Bolívia e mais 11 países como ‘parceiros’
Cuba restabelece energia e direciona esforços para mitigar passagem do furacão Oscar
Apenas dois membros da Assembleia Geral votaram contra o fim do embargo: Estados Unidos e Israel. Houve também uma abstenção, por parte da Moldávia.
Antes da votação, representantes de alguns países fizeram discursos em favor de Cuba, entre eles o chanceler brasileiro Mauro Vieira, que defendeu a “remoção das sanções, a retirada de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo e a promoção de um diálogo construtivo, baseado no respeito mútuo e na não intervenção”.

UN News
Resolução da ONU pelo fim do bloqueio econômica a Cuba teve 187 votos a favor
Também se manifestaram a favor do país caribenho os representantes de China, Honduras, México, Rússia, Venezuela e Vietnã, entre outros.
A curiosidade da jornada foi o voto a favor de Cuba dado pela Argentina. O presidente de extrema direita do país sul-americano, Javier Milei, reagiu horas depois do ocorrido, demitindo a chanceler Diana Mondino devido a esse posicionamento.
O mandatário também anunciou a nomeação de seu novo ministro de Relações Exteriores: Gerardo Werthein, que até então era embaixador da Argentina em Washington.