O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, pediu que seus cidadãos “permaneçam unidos e não se desesperem em um momento em que a nação está sendo colocada à prova”. Nesta sexta-feira (28/11), o país viveu um dos piores atentados de sua história, em uma série de explosões atribuída ao grupo Boko Haram em uma mesquita na cidade de Kano que matou dezenas de pessoas.
Agência Efe
Grupo de caçadores e vigilantes nigerianos se agrupa para fazer frente a militantes do grupo Boko Haram em Yola
Por meio de comunicado divulgado na noite de ontem, Jonathan enviou suas condolências à cidade e ao governo do estado de Kano após o “ataque atroz” contra a Mesquita Central.
Sem precisar o número de vítimas — que a polícia estimou em 35 e várias testemunhas cifraram em pelo menos uma centena — o líder nigeriano deus os pêsames “a todas as famílias que perderam seus entes queridos” no atentado, cuja autoria é atribuída ao grupo terrorista Boko Haram, embora ainda não tenha sido reivindicada.
“O presidente acredita que nenhum ato terrorista contra os cidadãos impedirá que o espírito nigeriano continue sendo positivo, resoluto e unido em busca de paz e segurança duradouras no país”, afirmou o comunicado.
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Jonathan, que até poucos dias atrás afirmava que as negociações com Boko Haram para conseguir um cessar-fogo e libertar as mais de 200 meninas sequestradas em abril, reiterou a determinação do governo de pôr fim a todos os atos terroristas.
“O presidente Jonathan pede a todos os nigerianos que não se desesperem neste momento, uma grande prova para a história de nossa nação, e que permaneçam unidos para enfrentar o inimigo comum”, continuou o texto presidencial.
O líder ordenou a abertura de uma “investigação de grande escala para que todos os agentes do terror que atentam contra o direito de todo cidadão à vida e a dignidade, sejam capturados e levados a justiça”.
Mesquita de Kano
Ao menos três explosões foram registradas na tarde de ontem no interior da Mesquita Central de Kano deixaram pelo menos 35 mortos e 150 feridos. As bombas explodiram logo antes de o imã chefe da mesquita dar início às orações.
O emir, que estava na Meca no momento das explosões, e é uma das personalidades mais influentes da Nigéria, tinha pedido recentemente a seus fiéis para se defender contra Boko Haram.
Kano foi com frequência vítima dos ataques de Boko Haram. O último ataque foi dia 14, quando um suicida atentou contra um posto de gasolina, matando seis pessoas.
(*) Com informações das agências Efe e Ansa