Com 99,7% das urnas apuradas, o atual presidente da Polônia, Andrzej Duda, de extrema-direita foi reeleito com 51,21% dos votos, anunciou a Comissão Eleitoral no início da manhã desta segunda-feira (13/05).
O ultraconservador derrotou o prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, que obteve 48,79%. Ainda faltam serem computados os votos do exterior, mas o cenário não deve mudar, segundo o presidente da Comissão, Sylwester Mariciniak.
Em números totais, a diferença entre os candidatos ficou em apenas 500 mil votos, em um universo de 30 milhões de votantes, na mais disputada eleição presidencial da história do país. A participação no pleito também foi recorde, com cerca de 70% de afluência às urnas.
O resultado mostra um país bastante dividido sobre o rumo a ser tomado na política, sinalizado pelas campanhas dos dois postulantes ao cargo.
Duda, que comanda o país desde 2015 com seu partido de extrema-direita Partido da Lei e Justiça (PiS), focou sua campanha na defesa da reforma judicial – que é alvo de investigação da União Europeia -, com ataques a homossexuais e na “defesa das famílias”. Também fez duras críticas à vizinha Alemanha e à chanceler Angela Merkel e apoia publicamente, inclusive com uma visita de última hora, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Trzaskowski, por sua vez, era candidato pelo partido liberal-conservador Plataforma Cívica (PO) e um amplo defensor da aproximação dos poloneses aos líderes do bloco europeu. Apesar de ser também de direita, o jovem político atraiu apoio de siglas de centro e de esquerda, que veem em Duda uma ameaça à democracia do país.
A Comissão Eleitoral tem até a próxima quinta-feira (16/07) para promulgar o resultado oficial da disputa. No entanto, Mariciniak prometeu que ele será publicado até esta terça-feira (14/07).