A Argentina chegou, nesta terça-feira (16/02), a um acordo com dois dos seis grupo de credores conhecidos como “fundos abutres”. Embora o valor ainda não tenha sido definido, as partes estipularam que será realizado um pagamento de 100% do capital e de 50% dos juros. A estimativa é que, pela nova negociação com os grupos, o país desembolse aproximadamente US$ 6,5 bilhões.
O acordo está condicionado à aprovação pelo Parlamento argentino, que terá que derrogar duas leis, e à desistência da ação judicial por parte dos credores, que demandam contra a Argentina em tribunais dos Estados Unidos. Os dois fundos mais importantes, NML e Aurelius, não aceitaram o acordo.
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Os credores reivindicam cerca de US$ 10 bilhões por papéis da dívida soberana que não entraram nas renegociações da dívida realizadas pelos governos de Néstor e Cristina Kirchner em 2005 e 2010.
O advogado Daniel Pollack, nomeado pelo juiz Thomas Griesa, afirmou que os montantes exatos a serem pagos serão divulgados nas próximas semanas e terão como base as reivindicações que possam ser comprovadas na Justiça.
Pollack ressaltou também que prosseguirá com as negociações “para tentar conseguir acordos com outros credores”, e se mostrou confiante de que poderão haver novos acordos em um prazo não especificado.
Os fundos que não aceitaram o acordo com o governo do presidente Mauricio Macri terão até a próxima sexta-feira (19/02) para responder à proposta argentina já que o juiz Griesa estendeu o prazo limite para o posicionamento.