O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou nesta terça-feira (19/12), após a aprovação da reforma da previdência, que a violência registrada do lado de fora do Congresso foi “claramente orquestrada” e disse que o país vive “clima de paz”.
“Sei que o que vimos e o que vivemos gerou angústia em muitos argentinos. Eu creio na paz, creio no diálogo, creio na democracia”, afirmou o presidente. Segundo ele, “toda essa violência que vimos – claramente orquestrada -, nós vamos enfrentar com toda a Justiça, para entender quem foram os responsáveis, pois não foi espontâneo. Realmente, na Argentina hoje se vive um clima de paz”.
A série de protestos contra a reforma deixou ao menos 162 pessoas feridas entre manifestantes e policiais, informaram autoridades do país.
O presidente criticou a violência contra os policiais durante os confrontos, pedindo que as forças de segurança do país sejam respeitadas. “Os policiais também são argentinos, tem suas famílias, estão trabalhando a serviço da comunidade”, afirmou. Macri, no entanto, não mencionou abusos cometidos pelas forças policiais.
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Presidente argentino celebrou aprovação da reforma da previdência e criticou onda de protestos que vêm acontecendo no país
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Reforma da previdência
A aprovação da reforma, que aconteceu pouco depois das 7h (hora local) desta terça na Câmara dos Deputados da Argentina, contou com 128 votos a favor da reforma, 116 contra, além de duas abstenções. O presidente celebrou a medida e afirmou que aprovação mostra “que a democracia funciona na Argentina”.
Macri afirmou que o principal motivo da aprovação da medida é, a longo prazo, criar “uma fórmula que nos livre do pior mal que se pode sofrer, que é a inflação, contra a qual estamos lutando”.
Segundo o presidente, as mudanças sociais que os argentinos, de acordo com ele, esperam não podem acontecer de um dia para o outro. “Isso seria mágica e eu sempre disse que não fazia mágica. O que eu propus foi uma linha de trabalho e estou cada vez mais convencido de que é por essa linha de trabalho que iremos adiante”, afirmou.
O presidente sinalizou também outras reformas estarão pela frente. “Serão muitas as reformas que teremos que fazer para criar a Argentina que inclua a todos”. “Estou aqui como presidente de todos os argentinos com um único fim, que é ajuda-los a crescer. Quero que me julguem por poder ou não reduzir a pobreza”, afirmou.