Domingo, 20 de abril de 2025
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A greve geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal central sindical da Argentina, começa nesta quinta-feira (10/04) com apoio massivo dos trabalhadores.

A paralisação é parte de uma ação sindical de 36 horas lançada pela CGT, acompanhada pelas demais centrais sindicai, à qual se somam organizações políticas, sociais e de direitos humanos. Nesta quarta-feira (09/04), antecedendo a agenda, já houve uma grande manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Buenos Aires.

O paro é um rechaço às políticas de austeridade do governo ultraliberal do presidente Javier Milei e em apoio aos aposentados, violentamente reprimidos no ato de 12 de março pelas forças policiais.

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Ato promovido nesta quarta-feira pelos trabalhadores argentinos diante do Congresso Nacional em Buenos Aires@emergentesmedio
Ato dos trabalhadores argentinos ocorrido na quarta-feira (09/04) diante do Congresso Nacional em Buenos Aires
@emergentesmedio

Entre as principais demandas estão o rechaço ao acordo obtido por Milei com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que significa um incremento de US$ 20 bilhões com o organismo de crédito – valor que será acrescentado à dívida que o país já mantém desde 2018.

Os trabalhadores argentinos também reivindicam acordos coletivos de trabalho livres e aprovados, aumento emergencial para aposentados e um projeto de atualização do bônus. A manifestação é, ainda, um repúdio à repressão dos protestos sociais no país e em defesa da indústria nacional.

Além disso, os argentinos clamam por um plano nacional de emprego, mais orçamento para a educação e saúde e por mais equilíbrio e justiça social.

Mobilização pacífica

A mobilização na cidade de Buenos Aires foi replicada em diferentes cidades do país.

Ao jornal Página 12, Matías Ferrari aponta que, diferentemente de outras quartas-feiras, a mobilização que antecedeu a greve nacional, transcorreu pacificamente.

“A polícia não saiu de trás da enorme cerca que cercava o Congresso. Os protagonistas foram os de sempre, desta vez acompanhados pelos sindicatos. Na praça, todos concordaram em destacar a persistência dos aposentados diante do gás lacrimogêneo e dos cassetetes e seu papel catalisador nas brigas de rua durante a era Milei”, destacou.

Aposentados protestam na Argentina
@gargantapodero

Liderada pela federação sindical, não haverá metrô, trens ou aviões funcionando nesta quinta no país. A Associação de Pilotos de Linha Aérea (APLA) e a Associação de Pessoal Técnico Aeronáutico (APTA) confirmaram sua adesão ao protesto.

A greve geral desta quinta-feira é a terceira greve geral no país durante os 16 meses de governo de Milei.