Funcionários policiais do Paquistão revelaram hoje (25) que sete membros do talibã, incluindo estrangeiros, morreram na noite passada em consequência de uma explosão, naquele que parece ser o último ataque dos Estados Unidos com um avião telecomandado. O Pentágono não confirma.
Dois veículos foram atingidos por mísseis no norte do país, segundo informou a jornalistas estrangeiros um funcionário paquistanês, sob condição de anonimato. Entre os mortos estrangeiros, há usbeques e sauditas, confirmou à agencia AFP Haq Nawaz, oficial de segurança da zona afetada.
Um camponês, que não se quis se identificar, disse à agência que viu os corpos e estavam “mutilados e queimados”.
Os veículos estavam sendo usados por membros do talibã, acrescentou a fonte, e o ataque ocorreu na área de Waziristão, bastião dos talibã no norte do país, na fronteira com o Afeganistão.
Uma fonte do Pentágono recusou-se a confirmar o ataque, porque há uma regra interna que proíbe falar publicamente sobre o tema. Os aviões telecomandados são normalmente usados pelo Pentágono e pela agência de informações norte-americana (CIA) nos ataques aos talibãs.
Na semana passada, o The New York Times informou que a administração de Barack Obama estava considerando aumentar os ataques clandestinos contra os tailbãs na região do Baluchistão, também na fronteira com o Afeganistão, só que mais ao sul da região atacada hoje.
Desde que Obama chegou à presidência, em janeiro, já foram registrados sete ataques com aviões telecomandados. Desde janeiro de 2008, o número já passa de 80, com 340 mortos.
Para o governo paquistanês, os ataques são “irrelevantes” porque afetam a população civil e dão argumentos políticos aos talibãs.
Sudão
Por outro lado, um jornal do Sudão, o Sudan Tribune, afirmou hoje na sua página eletrônica que os Estados Unidos realizaram, em janeiro, vários ataques aéreos contra os piratas marítimos da região, e num deles destruiu um comboio de 17 caminhões com 39 pessoas a bordo. “Mataram muita gente”, disse o jornal, sem dar pormenores.
O artigo cita o ministro para as autoestradas, Mabrouk Mubarak Saleem, dizendo que o ataque matou sudaneses, etíopes e eritreus. “Uma grande potência bombardeou pequenos caminhões carregados de armas e as soterrou”, disse o ministro.
Em dezembro, os Estados Unidos enviaram para a região duas fragatas e um barco de apoio que participam, junto às forças da Otan sob comando da Itália, da defesa dos corredores marítimos, frequentemente atacados pelos piratas. Seus aviões estão estacionados na base francesa de Djibuti, extremo leste da África.
No fim do mês, os Estados Unidos pensam em anunciar, na conferência internacional sobre o Afeganistão, na Holanda, sua estratégia para a região, que poderia ter um caráter mais multinacional.
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