Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
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O candidato à Presidência da Colômbia, Iván Cepeda, afirmou que os Estados Unidos e seu presidente, Donald Trump, “estão empreendendo um caminho que pode levar a uma situação catastrófica e imprevisível em todo o continente” com seus ataques no Mar do Caribe, supostamente em combate ao narcotráfico.

Ao alertar contra possíveis ataques dos EUA em território estrangeiro, não apenas no mar, como tem sido no caso da Venezuela, o senador colombiano declarou que a ação causaria “uma tragédia humanitária, econômica, social, política e diplomática”.

“Queremos alertar claramente contra esse caminho, acreditando que basta simplesmente entrar em um território, atacar um ou vários alvos, sair e declarar que houve uma vitória, e acreditar que isso não terá consequências graves”, alertou o político do Pacto Histórico, coalizão do governo liderado pelo presidente Gustavo Petro.

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Cepeda detalhou que “em um país como a Colômbia e em uma zona de fronteira densamente povoada como a que temos com a Venezuela, qualquer ação nesse sentido pode, sem dúvida, configurar uma crise”.

Em um vídeo transmitido à população colombiana em suas redes sociais, Cepeda explicou as operações militares que os EUA estão promovendo na região.

Cepeda lembrou que diferentes instâncias internacionais classificaram ofensivas norte-americanas como violações do direito internacional
Iván Cepeda Castro/X

“A partir de uma ordem executiva adotada pelo presidente Trump, estruturas do narcotráfico foram declaradas terroristas. A partir disso, ocorreram dezenas de ações nas quais mísseis atingiram embarcações com civis a bordo”, afirmou.

Cepeda lembrou que diferentes instâncias internacionais classificaram as ofensivas norte-americanas como violações do direito internacional, em especial, o alto comissário das Nações Unidas para os direitos humanos, Volker Türk. A autoridade da ONU afirmou que as ações violam os direitos humanos e podem ser classificadas como execuções extrajudiciais.

Diante das ameaças, Cepeda instou o povo colombiano a “elevar sua voz como país unido contra essas ações”. “Queremos relações de cooperação, relações construtivas e diplomáticas, mas também exigimos respeito pela nossa soberania e dignidade como povo”, concluiu.