Após a informação de que o PIB (Produto Interno Bruto) da Indonésia será menos por conta das mudanças climáticas, centenas de pessoas foram às ruas para apoiar a decisão do governo de reduzir a emissão de carbono.
As colheitas ruins, a proliferação de doenças e os desastres naturais por causa da mudança climática custarão à Indonésia até 7% de seu PIB em 2100, informou o Banco Mundial.
O novo relatório da instituição, intitulado Análise Ambiental de Países, destaca “os desafios do país para alcançar a sustentabilidade” e pede para o governo atuar política e financeiramente para mudar a situação.
“A degradação ambiental tem um alto custo para a Indonésia”, disse Joachim von Amsberg, diretor do Banco Mundial no país, e ressaltou a necessidade de “adequar as capacidades e incentivos” da administração e implementar medidas de mitigação.
O relatório aponta que a Indonésia é “um dos países asiáticos mais vulneráveis aos perigos derivados da mudança climática”, como secas, inundações, elevação do nível dos mares e deslizamentos de terra.
As comunidades rurais, as que vivem da pesca e da agricultura, são o grupo potencialmente mais atingido pelo aquecimento global, segundo os especialistas.
“O lucro anual de evitar os danos derivados da mudança climática superará os custos (para combatê-los) provavelmente em 2050, se não forem tomadas medidas”, segundo o Banco Mundial.
Outros temas que o documento aborda são o custo ambiental do desmatamento, que gera grandes emissões de CO2 e uma grande perda de biodiversidade, uma economia baseada na exploração dos recursos naturais e o deficiente sistema de saneamento do país, que representam mais de 2% do PIB.
Além disso, a poluição tem impacto direto na saúde, o que representa uma despesa equivalente a 1,3% do PIB.
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