Os ministros do Exterior e de Justiça da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Riyad al-Maliki e Ali Khashan, apresentaram hoje (13) no Tribunal Penal Internacional (TPI) documentos para processar Israel por crimes de guerra contra os palestinos.
O material coletado e entregue faz referência à ofensiva recente e às atuações do Exército israelense na Cisjordânia. Os ministros devem argumentar que a ANP tem o status de Estado reconhecido por 76 países, embora não por Israel.
Até o momento, a Promotoria do TPI recebeu 150 alegações sobre a intervenção de Israel em Gaza, e estuda se há argumentos suficientes para iniciar uma investigação própria.
Em 10 de janeiro de 2009, a ANP apresentou perante o TPI uma declaração aceitando a jurisdição da Corte para os crimes cometidos em Gaza após julho de 2002. O Tribunal, agora, deve analisar se a Autoridade Nacional Palestina tem a capacidade legal de aceitar a jurisdição da Corte.
Enquanto isso, os ataques na região continuam. Hoje, um avião israelense bombardeou um alvo na cidade de Khan Younis, faixa de Gaza, matando um palestino e deixando outro gravemente ferido.
De acordo com as Forças de Defesa Israelenses, (IDF), ambos seriam militantes da Jihad Islâmica, e estariam planejando um ataque a Israel.
O bombardeio veio em resposta a disparos palestinos contra Israel. Dois foguetes Qassam e um morteiro explodiram no deserto de Negev sem causar danos, embora um deles tenha caído perto da cidade de Sderot.
Cessar-fogo depende de Israel, afirma palestino
As negociações para obter um acordo de cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza dependem agora somente de Israel, depois que o movimento islâmico palestino Hamas entregou a resposta final a uma proposta que está sendo pactuada há semanas com a mediação egípcia.
As conversas indiretas entre Hamas e Israel buscam alcançar um compromisso para colocar fim às hostilidades em Gaza durante um ano e meio, e consolidar a delicada trégua provisória que vigora desde 18 de janeiro.
“Demos nosso acordo para observar com Israel uma trégua de 18 meses, incluindo a abertura dos seis postos fronteiriços com Gaza e a interrupção de qualquer atividade militar ou agressão”, afirmou o dirigente palestino Moussa abu Marzuk.
Em entrevista reproduzida pela agência oficial egípcia Mena, Marzuk, vice do Hamas, acredita que, nas próximas 48 horas, o Egito pode anunciar o acordo final para um cessar-fogo em Gaza.
Em outras declarações à rede de televisão Al Jazeera, o dirigente palestino disse que, a partir de agora, a única coisa que falta é a resposta de Israel.
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