Aviões israelenses atacaram a Faixa de Gaza na madrugada de hoje (22), ferindo ao menos sete palestinos. Um porta-voz do Exército de Israel, que em comunicado reivindicou a autoria do ataque, afirmou à agência Efe que o bombardeio foi resposta por um foguete do Hamas ter atingido o território israelense na última semana, além de atacar uma “infraestrutura terrorista”.
Testemunhas palestinas e médicos que trabalham na região afirmaram que os israelenses atingiram uma fábrica de metal, uma caravana no norte e túneis no sul de Gaza. Os ataques aconteceram um dia após o Hamas afirmar que havia feito um acordo com grupos de militantes para cessar o lançamento de foguetes em direção a Israel.
Durante 20 anos, as forças israelenses teriam matado quase 7,4 mil palestinos, entre eles mais de 1,5 mil crianças, e destruíram mais de 10 mil casas. Nesse mesmo período, os palestinos mataram 1,483 mil israelenses, dos quais 139 eram crianças, entre 995 civis e 488 militares. O cálculo é da
ONG israelense B'Tselem, que completou hoje 20 anos de existência.
“Não celebramos nosso aniversário, lembramos, porque não há nada a comemorar”, disse à Agência Efe uma porta-voz da ONG, que é uma das maiores organizações israelenses de defesa dos direitos humanos.
O número de casas derrubadas também foi estimado: 4,3 mil casas nos territórios ocupados como castigo ou por não ter permissões administrativas, além de outras 6,24 mil em diversas operações militares em Gaza.
Recorde de mortes em 2009
“Uma perspectiva de 20 anos deixa alguém com o coração apertado, especialmente pela contínua violação do direito à vida dos palestinos e israelenses resultante do conflito”, afirmou, em comunicado, a diretora da ONG, Jessica Montell.
Apesar de contabilizar mortes referentes a duas décadas, a ONG afirma que 2009 foi o pior ano, com 1,033 mil palestinos mortos, entre eles mais de 300 menores de idade, a maioria ofensiva militar contra a Faixa de Gaza entre dezembro do ano passado e janeiro.
Fontes palestinas e de organizações internacionais elevam este número para mais de 1,4 mil, na maioria civis.
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