A presidente da organização argentina Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, lamentou hoje (27/10) a morte do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e disse que ele “deu a vida por seu país”.
Carlotto, em entrevista a rádios locais, assegurou que a mandatária Cristina Kirchner, sua esposa, “fica no comando de um país, mas muito sozinha” com o falecimento do marido.
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“Nosso país necessitava muito desse homem. Foi uma pessoa indispensável”, manifestou a militante do grupo de defesa dos direitos humanos, que se mostrou a favor do casal Kirchner em polêmicas como as suscitadas pela recente lei de comunicação e as medidas em torno do setor agropecuário.
Nas duas gestões do casal, o governo atendeu à principal reivindicação do grupo ao patrocinar a revisão da lei da anistia. A medida tornou possível o julgamento e a condenação de agentes da ditadura militar local (1976-1983).
O movimento surgiu na década de 1970 após familiares de vítimas da repressão denunciarem à comunidade internacional os desaparecimentos de filhos de sequestrados políticos. As Avós da Praça de Maio conseguiram devolver a suas famílias mais de 100 netos, mas calculam que ainda faltam serem localizadas cerca de 400 pessoas.
O grupo era um dos indicados ao Prêmio Nobel da Paz de 2010, cuja candidatura foi postulada no final de janeiro pelo senador argentino Daniel Filmus, da FPV (Frente pela Vitória).
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